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Pazuello diz que Pfizer impôs condições "leoninas" para venda da vacina


O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve presente em sessão plenária no Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre ações contra a Covid-19 adotadas pela pasta e o planejamento de vacinação. Enquanto falava de cada uma das vacinas disponíveis e as negociações com o Brasil, o ministro criticou duramente a Pfizer pelos entraves impostos para a venda da vacina ao país. Segundo ele, as condições impostas foram “leoninas”. Ele afirmou que, apesar dos problemas avindos da necessidade do imunizante precisar ser armazenado a uma temperatura de -80ºC, o empecilho seria o contrato.

“A vacina da Pfizer é excelente? Sim. A Pfizer nos procurou desde o início? Sim. Fizemos reuniões tentando demovê-los de cláusulas que são impraticáveis na minha, na do Ministério e na visão do governo”, disse. “Mesmo que nós aceitássemos todas as condições impostas, desde o início, seriam oferecidas seis milhões de doses no primeiro semestre. Senhores, não podíamos ficar nisso. Quantas vezes eu falei: "Nós queremos a Pfizer em grande quantidade. E queremos sem as condições leoninas que nós são impostas.” Os problemas, de acordo com o ministro, estariam em três clausulas: a de que o governo federal deve se responsabilizar “até a eternidade” pelos efeitos colaterais da vacina, a de que ativos brasileiros no exterior deverão ficar disponíveis à Pfizer para cobrir como caução ações no exterior e a Justiça brasileira deverá abrir mão da sua capacidade de julgar a empresa.

Novamente, o ministro prometeu que toda a população brasileira será vacinada até o fim de 2021. Em relação à nova cepa, Pazuello disse que não adianta fazer “redoma” em Manaus. “O vírus está no Brasil como um todo”, apontou. O general também afirmou que a variante do Amazonas “parece ser três vezes mais contagiosa”. O ministro foi constantemente perguntado sobre o colapso que atingiu Manaus em janeiro em virtude da falta de oxigênio. Pazuello trouxe uma linha do tempo para o senadores como forma de justificar que a pasta não tinha conhecimento sobre a situação. “O Ministério da Saúde não tem qualquer competência para fabricação, transporte e distribuição de oxigênio. O Ministério da Saúde não tem qualquer competência para a gestão e ações de saúde nos estados e municípios”, completou. As falas do ministro serão decisivas para a instalação, ou não, de uma CPI no Senado para apurar as ações e possíveis omissões do governo no combate à pandemia.

Jovem Pan

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