Um estudo conduzido pela Universidade de Oxford obteve respostas animadores em relação ao uso de tocilizumabe em casos graves da Covid-19. Os cientistas realizaram um teste clínico com 4.116 voluntários, sendo que 2.022 receberam o medicamento por infusão intravenosa e os outros 2.094, não. Os resultados divulgados nesta quinta-feira, 11, mostram que o tratamento reduziu as mortes. Passados 28 dias de estudo, 596 pacientes que estavam tomando o tocilizumabe morreram, o equivalente a 29%. No grupo que não tomou, esse número foi de 694, equivalente a 33%. Ou seja, a cada 25 pacientes que receberem o medicamento, um teve a vida salva. Os pesquisadores observaram, ainda, que o tocilizumabe aumentou de 47% para 54% as chances dos pacientes com quadros mais graves da Covid-19 receberem alta hospitalar em um prazo de 28 dias. Entre as pessoas que não estavam intubadas, o tocilizumabe ainda reduziu a chance de precisar de intubação de 38% para 33%.
O medicamento, que geralmente é utilizado para tratar artrite reumatoide, atuaria reduzindo uma inflamação provocada pelo novo coronavírus que causa danos nos pulmões e em outros órgãos dos infectados. O estudo da Universidade de Oxford faz parte do programa “Recovery”, que testa vários remédios que já existem em milhares de pacientes da Covid-19 no Reino Unido. É importante ressaltar, no entanto, que os dados divulgados nesta quinta-feira, 11, se referem apenas a um estudo preliminar, de forma que ainda não existem comprovações científicas suficientes de qualquer remédio que possa ajudar no combate à Covid-19. Os resultados obtidos nos testes com o tocilizumabe serão submetidos em breve para a revisão de especialistas de uma revista médica.
Jovem Pan