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Lula critica "elite perversa" e ataca Bolsonaro: "Não entende de nada a não ser mentiras e fake news"

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Ex-presidente também afirmou que não tem rancor pela cidade de Curitiba, onde ficou preso por 580 dias O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou na manhã de hoje, em comício em Curitiba, a "elite perversa" que teve seus privilégios questionados e não se conformou com as reformas sociais implantadas pelo Partido dos Trabalhadores nos 14 anos de governo e disse que pretender voltar à Presidência para consertar o Brasil.

"A gente só quer voltar a sorrir, trabalhar, morar, namorar, estudar, passear, é só isso que a gente quer. Nós não queremos nada demais, mas tem uma elite perversa que não quer", atacou, diante de milhares de pessoas reunidas na Boca Maldita, no centro da cidade.

"Eles ficaram bravos conosco quando o jardineiro começou a ter direito de comprar um carro e trocar todo o ano. Quando gente da periferia começou a entrar na universidade. A universidade brasileira era de brancos, não se via um médico negro, estudar era um privilégio de brancos", completou.

Num dos principais estados a vocação agrícola, Lula fez acenos ao agronegócio, mas prometeu sobretudo fortalecer os pequenos produtores, caso seja eleito. "A agricultura familiar vai voltar a produzir mais comida porque se for necessário o governo vai comprar. Eu tenho profundo respeito pelo grande produtor de soja, de cana, de milho, mas se ele quer comer um franguinho caipira, ele vai ter que comprar da pequena propriedade rural", afirmou o ex-presidente que prometeu também acabar com a extração ilegal de madeira e o garimpo ilegal na Amazônia.

Denis Ferreira Netto /Agência O Globo

Em seu discurso, ao lado do candidato a governador do Paraná Roberto Requião (PT), Lula reivindicou os sucessos de seu governo, como a ascensão social de 36 milhões de pessoas que deixaram de viver da miséria, o ingresso de 40 milhões de brasileiro nas classes média e baixa, e prometeu aumentar o salário mínimo.

O candidato garantiu também a criação dos ministérios da Mulher, dos Povos Originários, da Cultura e da Integração Racial, além da instituição de comitês em todas as capitais para fortalecer as artes e as iniciativas culturais e retomar os investimentos na educação, nas escolas técnicas, nas universidades federais, nos programas como proUni e Fies e na merenda escolar.

Uma das primeiras medidas como presidente será convocar governadores e prefeitos para conversar sobre as prioridades de estados e municípios. Lula focou nas propostas de governo e atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL) em apenas uma oportunidade.

"Bolsonaro não entende de educação, emprego, sindicato, enfermagem, não entende de nada a não ser mentiras e fake news", criticou.

Em mais de 40 minutos de comício, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, candidato a senador pelo Paraná pelo União Brasil, foi poupado de críticas, apesar de o petista ter sido condenado pelo ex-juiz no caso do triplex de Guarujá e ter ficado numa cela da Polícia federal, na capital paranaense, entre 2018 e 2019.

"Não pensem que eu tenho rancor com Curitiba. Aqui eu encontrei a Janja [sua esposa], meu amor. Eu tenho gratidão e respeito por homens e mulheres que não mediram esforços de solidariedade para estarem comigo nos 580 dias em que estive aqui. Então, obrigado Curitiba", afirmou.

Lula criticou também as Forças Armadas que "não devem se meter na eleição", prometeu acabar com o narcotráfico e com a liberação de armas para a população, definiu o preconceito contra o movimento LGBTQIA+ "uma doença" e afirmou que o estado não deve ter religião, mas deve conviver com todas.

Esta foi a segunda vez que Lula visita Curitiba depois que deixou a prisão em 2019. A primeira ocorreu no ato de filiação de Requião ao Partido dos Trabalhadores, em março. O comício reuniu lideranças locais, sindicalistas, integrantes de movimentos sociais e milhares de pessoas, que ocuparam diversas quadras do Calçadão da Rua XV.

A multidão entoou coros contra Bolsonaro, Moro (União Brasil) e o governador Ratinho Jr (PSD), aliado do presidente. Lula chegou a Curitiba de avião de manhã e do aeroporto seguiu direto para o comício acompanhado da presidente do partido Gleisi Hoffmann, da ex-presidente Dilma Rousseff e do senador Randolfe Rodrigues (Rede).

Fonte: Valor Invest

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