Governadora de Nova York, Kathy Hochul declarou estado de emergência nesta sexta-feira, 9, depois que foram encontradas amostras do vírus da pólio no esgoto de três municípios. A medida, válida por um mês, aumentará a disponibilidade de recursos, incluindo a expansão da rede de administradores de vacinas contra a poliomielite. A ordem também exige que os profissionais de saúde forneçam dados de imunização ao departamento de saúde do estado para ajudar a concentrar os esforços de vacinação nas regiões mais necessitadas. “A decisão visa implementar um Plano Estadual de Gerenciamento Integral de Emergências e autorizar todas as agências estaduais necessárias a tomar as medidas apropriadas para ajudar os governos locais e a população a conter, preparar-se, responder e recuperar-se desta emergência”, disse a mandatária, informando que amostras foram encontradas nas cidades de Orange, Sullivan e Nassau.
De acordo com o estado de Nova York, apenas 86,2% das crianças entre 6 meses e 5 anos na região metropolitana de Nova York receberam três doses da vacina. Esses dados são mais alarmantes em alguns dos municípios afetados, com um percentual de vacinação contra a poliomielite em crianças dessa idade de 60,34% em Rockland e de 58,68% em Orange. Esta é a primeira vez em décadas que um surto de poliomielite, uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia em questão de horas, foi detectado nos Estados Unidos. Em 1988, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma campanha internacional de saúde pública com o objetivo de erradicar a pólio até o ano 2000, mas em 2020 foram notificados casos em 34 países, principalmente na África Subsaariana e na Ásia. No Brasil, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha de imunização contra a poliomielite até o dia 30 de setembro por causa da baixa adesão. Atualmente, somente 34% do público-alvo tomou a vacina que previne contra a paralisia infantil.
*Com informações da Agência EFE
Fonte: Jovem Pan