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Lula acena a público feminino e diz que Bolsonaro usa nome de Jesus "em vão"

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Em encontro com domésticas, ex-presidente também disse que "tem gente que acha que pagar R$ 1.300 é muito" Em evento com trabalhadoras domésticas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência da República, fez diversos acenos ao público feminino, no qual busca ampliar a vantagem que abriu sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula voltou a prometer a criação do Ministério das Mulheres e a ampliação de ações de combate à violência contra a mulher, disse que Bolsonaro usa o nome de Jesus “em vão” e criticou os decretos de armas editados pelo presidente.

Lula participou nesta manhã de encontro com trabalhadoras domésticas no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). No evento, Lula disse que tem muita gente “boa de coração” que acha que R$ 1,3 mil “não é nada”, mas que, na hora de pagar esse valor para empregada doméstica, acha que é muito.

Disse Lula ainda no encontro: “Bolsonaro não se mistura com o povo pobre porque o povo sabe que ele mente demais." Acrescentou que a “maior mentira que ele conta é avocar o nome de Jesus toda hora”. “Ele usa o nome de Jesus em vão para tentar enganar a boa-fé das mulheres e dos homens cristãos desse país.”

Lula frisou que o Estado não pode ter religião, mas deve tratar a todas com respeito. Disse ainda que é importante não permitir que a “fábrica de mentiras” faça o que fez em 2018 durante a companha de Fernando Haddad à presidência.

A uma plateia majoritariamente feminina, Lula disse que, se eleito, não haverá decreto de armas no país. “Quando você libera a venda de armas, tem gente que acha bom, mas quem é que está comprando a arma? São vocês?”, perguntou, ouvindo um “não” como resposta.

“Os bandidos já não roubam arma da polícia, estão comprando novas”, afirmou. Lula também disse não acreditar que pessoas comprem armas “para o bem”.

Como mostrou o Valor na sexta-feira, a campanha do petista quer capitalizar o que seus aliados avaliaram como seu melhor momento no debate da Band, quando afirmou que a vida das empregadas domésticas melhorou nos governos do PT após a legalização dos direitos trabalhistas da categoria.

Além disso, viralizaram nas redes sociais vídeos em que Bolsonaro, quando era deputado, declarou-se contrário à PEC das empregadas domésticas em 2012. Ele, contudo, não votou. A PEC foi aprovada por 359 a 2, sem registro de voto de Bolsonaro.

“O ato de hoje é muito significativo para que nós aprendamos um pouco o que é realidade de vocês”, disse Lula. "Nós também temos companheiras que trabalham nas nossas casas e precisamos nos vigiar todo dia para ver se estamos tratando as pessoas com respeito, carinho e pagando corretamente.” De acordo com ele, além de criar leis, é preciso ter a cultura de valorizar o trabalho da categoria.

No início do evento, foi exibido vídeo em que o candidato promete ações como retomar a valorização real do salário mínimo, recriar o Ministério da Mulher, criar o programa Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas, e investir em ações de combate à violência contra a mulher.

Na reunião, recebeu o apoio de lideranças de movimentos de trabalhadoras domésticas, que também apresentaram cartas com propostas. O candidato disse que os documentos seriam lidos também por sua esposa, Janja, por Lu Alckmin, mulher de Alckmin, e por Ana Estela Haddad, esposa de Haddad, porque “elas entendem mais de mulheres” do que os três.

Também participaram do encontro o vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, o candidato ao Senado Márcio França (PSB) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Educação

O candidato voltou a destacar ações tomadas por governos petistas na área da educação, especialmente no ensino superior, dizendo inclusive que “o maior orgulho de uma mãe não é deixar dinheiro para os filhos, mas uma profissão”. “Não quero prejudicar ninguém, não quero que o filho da empregada prejudique o do patrão. Quero que o filho da empregada tenha a mesma oportunidade de disputar qualquer vaga”, disse.

Sobre o ensino básico, disse que o país só vai trazer a classe média para o ensino fundamental público novamente quando ele for de qualidade. “Essa é nossa missão.”

Lula disse também que o Brasil hoje está pior do que estava em 2003, quando assumiu pela primeira vez, e que sabe “da dificuldade” em que está.

Fonte: Valor Invest

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