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Líderes nas pesquisas, Lula e Bolsonaro intensificam agenda pelo voto feminino

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O voto das mulheres, dos evangélicos e da parcela mais pobre da população têm se mostrado a principal frente de batalha entre os dois candidatos nas últimas semanas Líderes nas pesquisas de intenção de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificaram, nos últimos dias, a busca pelo eleitorado feminino. A agenda pelo voto das mulheres não tem evitado, porém, que os dois candidatos cometam gafes ou façam declarações que dão espaço a críticas dos adversários.

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O voto das mulheres, dos evangélicos e da parcela mais pobre da população têm se mostrado a principal frente de batalha entre os dois candidatos nas últimas semanas.

Pesquisa do Datafolha publicada na quinta-feira mostra que Lula tem 48% dos votos das mulheres entrevistadas, enquanto Bolsonaro tem 29%. O presidente da República e candidato à reeleição vem concentrando esforços no eleitorado feminino na tentativa de reduzir a rejeição entre as mulheres.

Lula x Bolsonaro: luta por voto feminino

AP Photos

Neste domingo Lula participa de encontro com empregadas domésticas em São Bernardo do Campo (SP). O PT e o ex-presidente têm destacado a melhoria das condições de vida das domésticas nos governos petistas, tema que foi alvo de falas de Lula no debate dos presidenciáveis, na Bandeirantes, no último domingo.

Neste sábado, em evento com quebradeiras de coco em São Luís (MA), Lula prometeu “recriar o Ministério das Mulheres”. Além disso, buscou consertar declaração que havia feito, na quinta-feira, em Belém (PA), segundo a qual trabalho na cozinha é “serviço da mulher”.

“A gente quer que o nosso companheiro homem, quando a sua companheira trabalha, ele tenha dignidade de ir para a cozinha ajudar no serviço da mulher, que assim ele vai ser parceiro”, disse Lula na ocasião.

No sábado, Lula voltou ao tema. “A gente pode repartir essas coisas (tarefas domésticas) com as companheiras e viver melhor, viver feliz”, disse. O encontro teve destaque nas redes sociais do ex-presidente e no site do PT.

Também neste sábado Bolsonaro esteve no evento Mulheres pela Vida e pela Família, realizado em Novo Hamburgo (RS). No ato, o presidente defendeu a posse de armas para que mulheres se defendam. Para reforçar seu ponto, citou uma situação hipotética.

“Em uma estrada escura, com pneu furado, ao se aproximar alguém que pode te fazer mal, o que você prefere? Sacar da bolsa a Lei Maria da Penha ou uma pistola?”, disse.

Bolsonaro também acusou a senadora Simone Tebet (MDB), quarta colocada nas pesquisas de intenção de votos, de compactuar com “esculachos” contra a médica Nise Yamaguchi na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no ano passado.

“O que ela (Simone) fez? Nada, deixou a Nise ser maltratada. Depois vem discursar a favor das mulheres”, disse.

Participaram também do evento a primeira-dama Michelle Bolsonaro, a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e uma das noras do presidente, Heloísa Bolsonaro, mulher do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).

A campanha de Bolsonaro considera que Michelle pode diminuir a resistência que o presidente enfrenta no eleitorado feminino.

Em seu discurso, em Novo Hamburgo, a primeira-dama também criticou Tebet, que entrou com ação junto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tirar do ar propaganda eleitoral do presidente em que Michelle, segundo a senadora, excede o tempo legal que aparece como “apoiadora”. O TSE determinou que o vídeo fosse retirado.

“A perseguição está clara. Ao mesmo tempo que pede para as mulheres votarem em mulheres, [Simone] entra na Justiça para calar outra mulher”, afirmou a primeira-dama.

Damares, que é candidata ao Senado pelo Republicanos no Distrito Federal, pediu por sua vez às mulheres presentes que “lutem com bravura por todas as nossas famílias”.

Já Heloísa Bolsonaro criticou o feminismo, afirmando que o movimento "demoniza a maternidade" e defendendo que o mundo tenha mais homens "com testosterona".

Na sexta-feira à noite, em sua conta no Twitter, o presidente realizou ainda uma série de publicações em que afirma que, “quando se usa da condição biológica como escudo para ser desrespeitoso e se blindar de resposta à altura, a igualdade dá lugar ao oportunismo”.

“Princesa Isabel e Anitta são mulheres, a diferença está no que elas decidiram fazer pela humanidade. Por isso tivemos a ministra Tereza Cristina na Agricultura, por isso temos a presidente Daniella [Marques] na Caixa, a ministra Cristiane no MMFDH (Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e tantas outras mulheres trabalhando pelo Brasil. Não porque são mulheres, mas porque se esforçaram e trabalharam duro para chegar onde estão”, disse.

No debate presidencial realizado pela TV Bandeirantes no domingo passado, Bolsonaro recebeu críticas de adversários, personalidades públicas e nas redes sociais pela maneira como tratou a jornalista Vera Magalhães. Conforme publicado pelo Valor na segunda-feira, inclusive aliados do presidente afirmaram que ele “se perdeu” ao responder à jornalista.

Fonte: Valor Invest

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