Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

valor

Commodities: Café sobe quase 4% em Nova York

Imagem de destaque da notícia
Algodão, açúcar, cacau e suco de laranja recuaram na sessão O café arábica destoou das outras “soft commodities” e fechou em alta na bolsa de Nova York nesta segunda-feira. Os contratos para dezembro, os de maior liquidez, subiram 3,68%, a US$ 2,212 por libra-peso.

LEIA TAMBÉM:

Seca nos EUA muda cenário do milho

Entrega de fertilizantes preocupa indústria

O analista de mercado Marcelo Moreira, que colabora com a Archer Consulting, projeta que a safra de 2022 se consolidará abaixo de 50 milhões de sacas, volume inferior às 53,4 milhões de sacas da projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e às 64,3 milhões de sacas da estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

“Se a safra fechar com esse número, o Brasil não vai conseguir exportar o que exportou no ano passado [39,20 milhões de sacas]. Neste ano, no pior dos cenários, vamos exportar entre 27 e 30 milhões de sacas”, disse o analista ao Valor.

Moreira destaca, também, que a demanda no mercado interno brasileiro segue firmem, a despeito da alta de preços. A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) prevê demanda de 22 milhões de sacas.

Se a safra 22/23 brasileira ficar abaixo de 50 milhões de sacas, a relação global entre estoque e uso tende a fechar o ciclo 2022/23 em nível crítico, inferior a 15% — o mercado está acostumado a trabalhar com índices “confortáveis”, entre 18% e 20%. “Só vejo essa situação melhorando se a produção brasileira de 2023/24 for recorde, superior a 74 milhões de toneladas”, afirmou.

O analista conta que áreas produtoras do Espírito Santo e do sul da Bahia registraram uma ventania forte neste fim de semana, o que pode causar uma quebra significativa de produtividade na safra de 2023. Marcelo Moreira também apontou compras de contratos por fundos especulativos como outro fator de sustentação das cotações.

Produção de café no Paraná

AEN / divulgação

Algodão

O algodão para dezembro recuou 1,6%, a US$ 1,1414 por libra-peso.

Açúcar

No caso do açúcar demerara, a queda do preço do etanol no Brasil continua pressionando as cotações. Os lotes para outubro caíram 0,8%, a 17,94 centavos de dólar por libra-peso, e os de segunda posição, que vencem em março do ano que vem, caíram 0,6% a 17,92 centavos de dólar por libra-peso.

Na última semana, o biocombustível recuou mais de 5%, a R$ 4,60 o litro. “Quando o preço do etanol cai assim, a remuneração das usinas que trabalham com etanol diminui muito. Com isso, a tendência é que elas aumentem a produção de açúcar”, diz Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado. “A safra continuará sendo mais "alcooleira", mas, se hoje o etanol representa entre 53% e 55% do mix, a participação pode ficar mais perto de 51%”.

No médio prazo, o analista da Safras vê as entregas do açúcar vendido há dois meses como outro fator de pressão sobre as cotações em Nova York. “Isso eleva a disponibilidade e neutraliza a força compradora”, afirma.

Cacau

O contrato do cacau para dezembro, que é o de maior liquidez na bolsa de Nova York no momento, fechou em queda 0,76%, a US$ 2.356 por tonelada.

Suco de laranja

No mercado de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ), os contratos mais negociados, para setembro, recuaram 0,5%, a US$ 1,6885 por libra-peso. Já os papéis para novembro, de segunda posição, fecharam em queda de 0,4%, a US$ 1,6550 por libra-peso.

Fonte: Valor Invest

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis