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Chile

Boric pede respeito a resultado do referendo constitucional: "Seja qual for"

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, pediu nesta sexta-feira,19, respeito ao resultado do referendo sobre a proposta de nova Constituição, “seja ele qual for”, e mostrou apoio à instituição eleitoral. “Seja qual for o resultado, vamos respeitar e assegurar o respeito ao resultado que os chilenos decidirem em 4 de setembro”, disse o líder progressista em entrevista coletiva no sul do país, em meio a uma viagem regional. As declarações de Boric chegam horas após o deputado de extrema direita Gonzalo de la Carrera ter gerado polêmica ao denunciar uma possível fraude na votação dentro de duas semanas, uma das mais polarizadas da história recente. O deputado denunciou nesta semana ao Serviço Eleitoral (Servel) o aparecimento de pessoas mortas nos cadernos eleitorais, e, na noite de quinta-feira, 18, publicou no Twitter uma imagem controversa de um cemitério com parentes visitando os mortos. A fotografia foi acompanhada pela mensagem “ApruEVO e Servel indo de porta em porta”, em referência ao apoio do ex-presidente boliviano Evo Morales ao projeto de nova Constituição.

“Há um setor da direita no Chile que está repetindo o mesmo que um setor da direita na América Latina fez. Bolsonaro está fazendo isso atualmente, e Trump o fez à época, o que terminou com a invasão ao Capitólio”, assegurou Boric. “Nós, democratas, vamos defender a democracia e vamos apoiar o Servel”, acrescentou o mandatário. Mais de 15 milhões de chilenos estão convocados às urnas para, em 4 de setembro, decidirem se aprovarão a nova Constituição ou manterão a atual, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e parcialmente reformada ao longo da democracia.

A direita e parte da centro-esquerda votarão contra, por considerarem o novo texto “radical”, enquanto a esquerda faz campanha a favor do “eu aprovo”, embora tenha se comprometido a chegar a um grande acordo para reformar os aspectos mais controversos. A nova legislação declara o Chile um Estado social de direito e consagra direitos como a saúde pública universal, educação gratuita, melhores pensões e acesso à habitação e à água. O direito à interrupção voluntária da gravidez, a natureza plurinacional do Estado e a eliminação do Senado são algumas das questões mais controversas incluídas no texto. Durante meses, as pesquisas apontavam a opção de aprovar o novo texto como o vencedor, mas, ultimamente, mostram uma maior preferência entre os cidadãos pela manutenção da legislação atual.

*Com informações da EFE

Fonte: Jovem Pan

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