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Commodities: Após fortes quedas, trigo sobe quase 3% em Chicago

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Milho também avançou; soja encerrou o dia em baixa Depois de fortes quedas nos últimos dias, o preço do trigo avançou na bolsa de Chicago nesta sexta-feira. Os contratos para setembro, que são os de maior liquidez, subiram 2,97%, a US$ 7,5325 por bushel, e os papéis de segunda posição, que vencem em dezembro, avançaram 2,94%, a US$ 7,71 por bushel.

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Edson Abraão, CEO da Unique Commodities, diz que a guerra entre Rússia e Ucrânia ainda pode ter reflexos sobre as vendas de grãos. “Existe uma incerteza sobre por quanto tempo as exportações vão se manter, dada a instabilidade política entre os dois países. Sem a Ucrânia, e especialmente com a Rússia ofertando trigo, vamos seguir com estoques apertados, o que tende a elevar os preços futuros”, disse.

Já para Élcio Bento, analista da Safras & Mercado, o preço não deve ceder muito em relação aos atuais patamares, mesmo com a Ucrânia ofertando mais trigo. “Eles [Ucrânia] devem colher 14 milhões de toneladas, e no ano passado foram 19 milhões. Temos uma pressão sazonal de oferta que acaba pressionando os preços, mas não vejo tendência de consolidação abaixo de US$ 7,60 por bushel”, pontuou.

Sobre o corredor de exportação ucraniano, ontem o Ministério de Defesa da Turquia informou que o país exportou 622 mil toneladas de grãos e outros produtos alimentícios pelos portos do Mar Negro, desde a assinatura do acordo com a Rússia, em julho. Os turcos têm feito a escolta dos navios que deixam os portos ucranianos. O volume ainda é bastante baixo em relação ao nível pré-guerra, quando ficava entre 5 a 6 milhões de toneladas.

Lavoura de trigo no Paraná

Jaelson Lucas / AEN / divulgação

Milho

O milho também subiu em Chicago. Os contratos para dezembro, os mais negociados, avançaram 1,22% (7,50 centavos de dólar), a US$ 6,2325 por bushel.

O mercado acompanha sinais de aumento das vendas do cereal americano à China, como tem noticiado o Valor. “As exportações parecem estar se recuperando, vimos isso nas vendas de exportação dos Estados Unidos ontem, com muitos compradores adquirindo a nova safra. Espero mais ação nesse mercado externo, conforme vemos as reais condições de energia e alimento para os meses de inverno [no Hemisfério Norte]”, disse Daniel Flynn, do Price Futures Group, em relatório.

Recentemente, o Conselho Internacional de Grãos (IGC) cortou sua estimativa de produção global em 2022/23, que passou de 1,189 bilhão para 1,179 bilhão de toneladas. Por outro lado, o órgão reduziu a estimativa de consumo em 5 milhões de toneladas, para 1,197 bilhão, e as estimativas de estoque passaram de 271 milhões para 265 milhões de toneladas.

Além disso, a continuidade do fenômeno La Niña adiciona risco ao mercado porque pode reduzir a chuva na safra 2022/23 na Argentina e no Centro-Sul do Brasil.

Soja

No mercado da soja, o contrato para novembro, o de maior liquidez, fechou em queda de 0,09%, a US$ 14,04 por bushel, e os lotes de segunda posição, para janeiro do ano que vem, recuaram 0,05%, a US$ 14,1075 por bushel.

Depois de duas altas seguidas, a oeaginosa passou por realização de lucros. Matt Zeller, da StoneX, afirmou à Dow Jones Newswires que está chovendo em parte das áreas produtoras dos Estados Unidos, o que também dá margem para correções nos preços.

A precipitação em áreas produtoras americanas deve se estender durante o fim de semana, especialmente em áreas do Centro-Oeste e Meio-Oeste americano, segundo Terry Reilly, da Futures International. O Serviço Nacional de Meteorologia prevê chuvas acima do normal em Estados como Kansas, Colorado e Missouri nos próximos oito a 14 dias, enquanto Dakota do Norte e Minnesota devem receber chuva abaixo da média.

Na próxima segunda-feira (22/8), o Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) atualizará suas estimativas para a área de grãos nos EUA. De acordo com o diretor da AgResource Brasil, Raphael Mandarino, o FAS pode reduzir suas previsões devido à incorporação de áreas ao programa voluntário de preservação ambiental. “Isso apertaria o quadro de oferta e demanda”, disse ele ao Valor.

Fonte: Valor Invest

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