A pandemia de Covid-19 está no terceiro ano e a população ainda tem que conviver com períodos onde as curvas epidêmicas ficam mais altas, com aumento de casos e de mortes, como também com momentos em que os números de infectados e de óbitos estão reduzidos, o que dá uma sensação maior de tranquilidade no dia a dia. Essa "temporada mais amena" está acontecendo no mês de agosto, por exemplo. As primeiras duas semanas do mês já mostraram a grande diminuição nos números de casos em Alagoas, assim como a redução nos dados de mortes causadas pela doença.
Os boletins divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) até esse domingo, 14, apresentaram o total de 1.467 casos registrados no mês de agosto. Em apenas dois dias, o número de casos superou a casa dos 100 registros de pessoas infectadas no estado. Nesse dia dos pais, por exemplo, o boletim mostrou apenas 13 casos de confirmação para o coronavírus.
Mas em julho a situação foi bem diferente. Os primeiros 14 dias do mês passado registraram 8.697 casos da doença, ou seja, estamos em um período, em agosto, de redução de 83,13% num comparativo com o mesmo período de julho.
Se em dois dias de agosto foram contabilizados mais de 100 casos, o dia com menos infectados de julho não teve número inferior a 200. E em um desses 14 dias do mês passado, o estado contabilizou mais de 1 mil casos de Covid, conforme balanço diário do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVs).
Os dados da Sesau também mostram uma grande redução no número de óbitos. Do dia 1º ao dia 14 de agosto, foram 28 mortes no estado. Segundo os boletins divulgados, dois dias não registraram óbitos em Alagoas, os dias 7 e 11 de agosto. Inclusive, nos últimos sete dias, a diminuição fica ainda mais evidente, com 10 mortes contabilizadas no informe epidemiológico.
Em comparação com o mês passado, o número foi reduzido quase pela metade. Durante o mesmo período, foram registradas 52 mortes por causa da Covid e o dia 11 de julho trouxe o registro de sete mortes, sendo a data em que mais pessoas foram vítimas da doença durante as duas primeiras semanas de julho.
O infectologista Renee Oliveira disse que a redução era esperada, após o pico de julho. "Essa redução expressiva era esperada, por causa da presença da variante Ômicron e suas sub variantes. A Ômicron tem uma capacidade muito grande de transmissão, e muitas pessoas tiveram os sintomas no mês passado. Então depois desse pico, nós já tínhamos a expectativa da queda agora, de uma redução paulatina. Nas próximas semanas também devemos observar uma redução nos óbitos", explicou o infectologista.
Para Renee Oliveira, um fator que preocupa atualmente é a baixa cobertura vacinal entre as crianças pequenas. "Nós temos observado que esse é um problema inclusive com relação a todas as vacinas [e não só com a vacina da Covid]. Isso é preocupante e fica o alerta para os pais e responsáveis procurarem proteger as crianças, vacinando-as", alertou Dr. Renee.
Do início da pandemia até hoje, Alagoas teve 319.383 casos confirmados da doença, e em 311.823 deles, os pacientes se recuperaram do vírus. Ao todo, o estado notificou 7.098 óbitos.
Fonte: Tnh1