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Jornal da Manhã

Delegada nega soltura de cônsul alemão preso pela morte do marido

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Foi preso neste sábado, 6, no Rio de Janeiro o cônsul da Alemanha, Uwe Herbert Hahn, 61, acusado de espancar e matar o marido, o belga Walter Henri Maximilen Biot, 52. O consulado da Alemanha tentou relaxar a prisão alegando que ele goza de imunidade diplomática, mas a delega à frente da investigação do caso, Camila Lourenço, negou, afirmando que a imunidade não se aplicaria à situação. “O crime não foi praticado em território de embaixada ou consulado, foi praticado no interior de um apartamento da zona sul, ou seja em território brasileiro, e não guarda relação com exercício das funções consulares. A imunidade prisional, inclusive o consulado tentou argumentar comigo a respeito da imunidade prisional da convenção de Viena. A imunidade prisional diz respeito apenas a prisões preventivas, que devem ser decretadas pela autoridade judiciária. No caso aqui estamos lidando com uma prisão flagrancial, é muito diferente de prisão preventiva. São dois institutos completamente diferente. E a imunidade diplomática e prisional, neste caso, não se aplica”, disse a delegada.

O crime aconteceu na cobertura de luxo onde o casal vivia em Ipanema, na zona sul da capital fluminense. O próprio cônsul entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e com o Samu, pedindo socorro. Ele disse aos serviços de emergência que o marido tinha passado mal e batido com a cabeça, mas os agentes desconfiaram da versão contada da história já que a vítima possuía diversas marcas roxas e lacerações pelo corpo. A polícia foi acionada e começou a investigar o caso. A delega disse não ter dúvidas de que o que houve não foi um acidente, mas um homicídio. O consul foi preso em flagrante. “As nossas conclusões foram pautadas na perícia técnico-científica, a necropsia e a perícia de local, que apontam de forma segura para a existência de lesões provocadas de forma contundentes, ou seja lesões recentes e antigas espalhadas por todo o corpo, que sugerem ter havido espancamento. A versão apresentada pelo consul revela-se frágil, inverossímil. Diante desse arcabouço probatório, eu me sinto seguro para afirmar que estamos diante de uma hipótese de homicídio”, afirmou a delegada.

No apartamento do casal, a delegada encontrou muita desorganização, manchas de sangue, fezes espalhadas pelo imóvel e em roupas da vítima, além de cartelas de ansiolíticos que podem denotar que a vítima estaria sendo dopada pelo cônsul da Alemanha. O acusado nega categoricamente que tenha assassinado o próprio companheiro. Ele passou a noite na delegacia do Leblon, também na zona sul da capital, antes de ser levado para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. O casal vivia junto há cerca de 23 anos. Segundo vizinhos, não havia relatos de problemas no relacionamento entre eles e pareciam ser um casal harmonioso.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

Fonte: Jovem Pan

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