A Itália será “totalmente independente” do gás russo no segundo semestre de 2024, graças à busca de novos mercados, afirmou nesta quarta-feira, 27, o ministro de Transição Ecológico em exercício, Roberto Cingolani. “Somando a economia energética e os novos provedores, no segundo semestre de 2024 seremos totalmente independentes do gás russo”, disse Cincolani em entrevista coletiva. A Itália importa 90% do gás que consome e, até fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, 40% era russo, sendo a Rússia o principal fornecedor, motivo pelo qual o governo italiano lançou um plano de emergência para acabar com esta dependência.
Atualmente, o primeiro-ministro em exercício da Itália, Mario Draghi, e a diplomacia italiana chegaram a novos acordos com a Argélia, que já se tornou o principal fornecedor de gás do país, substituindo a Rússia. Cingolani afirmou que o objetivo para o próximo inverno é superar esta dependência através de um plano de diversificação, preenchendo reservas e um plano de economia de energia. Contudo, o ministro assegurou que, no caso de uma interrupção súbita na chegada do gás russo, a Itália teria reservas disponíveis até fevereiro. “A falta de gás russo será compensada pelo gás argelino, e por esta razão não prevemos medidas drásticas para conter a demanda por parte da indústria. Por enquanto, a segurança energética está garantida”, informou.
Nesta quarta-feira, a estatal italiana de energia Eni anunciou que concluiu as negociações para a criação de um consórcio de gás em Angola, o New Gas Consortium. O consórcio inclui a filial angolana da Chevron, Cabinda Gulf Oil Company Limited, Sonangol, a britânica BP e a francesa Total Energies. Foi decidido financiar o desenvolvimento de campos de gás em Quiluma e Moboqueiro para construir duas plataformas offshore, uma estação de tratamento de gás em terra e um sistema para a comercialização de carregamentos de gás natural liquefeito. A produção terá início em 2026 e espera-se que seja 330 milhões de pés cúbicos de gás por dia, o equivalente a 4 bilhões de metros cúbicos por ano.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan