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Inflação, juros, eleições e câmbio volátil derrubam expectativas de varejo em julho, diz CNC

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Indicador de expecativas do Índice de Confiança do Empresário do Comércio teve o primeiro recuo após três meses de alta devido a incertezas nos campos econômico e político A perspectiva de continuidade de inflação pressionada, juros altos, câmbio volátil em período de eleições - que ocorrem no segundo semestre -, levaram ao recuo das expectativas do empresário do varejo em julho, no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A análise é de Izis Ferreira, economista da CNC responsável pelo indicador. Ela ponderou que, mesmo com alta de 1,5% no Icec de julho ante junho, o indicador de expectativas teve primeiro recuo após três meses de alta devido a incertezas nos campos econômico e político, que podem afetar ritmo de vendas do varejo, bem como o humor do empresário do setor.

Na prática, é preciso acompanhar esses aspectos ainda incertos, tanto na economia quanto na política, nos próximos resultados do indicador, para visualizar melhor se o índice continuará a subir, notou ela.

Ao falar sobre a evolução do índice, a técnica comentou que as avaliações sobre momento presente do empresário varejista operam com saldo positivo em julho - tanto que o Icec subiu no mês. Contribuíram para tal cenário as rendas adicionais lançadas em ações do governo, como foi o caso do aumento do valor do Auxílio Brasil, para R$ 600. “Há um grau de otimismo no varejo”, resumiu.

No entanto, embora tenha frisado que o auxílio do governo continuará a favorecer consumo, nos próximos meses, a técnica ponderou ser preciso ver também impacto do ambiente macroeconômico, nas intenções de compra do consumidor. Esse aspecto também é acompanhado pelo varejista, que visualiza vários pontos de incerteza nessa área - como inflação, juros e câmbio - e acabou por influenciar recuo nas expectativas, em julho, dentro do Icec.

Por outro lado, o segundo semestre conta com datas importantes de vendas para o varejo, como Black Friday em novembro e o Natal em dezembro, lembrou ela. Também se terá Copa do Mundo, o que sempre favorece compras de artigos de bens duráveis, como televisores por exemplo, acrescentou a técnica.

Na prática, notou ela, é preciso saber qual será real influência dessas duas forças, de um lado as incertezas; e do outro de eventos e datas que estimulam compras do no varejo, nas vendas do setor e, por consequência, na trajetória do Icec, para mensurar melhor tendência no índice. "Temos que esperar para ver", notou ela.

Impacto do ambiente macroeconômico pode prejudicar varejo, apesar de novos auxílios dados pelo governo

Fernando Frazão/Agência Brasil

Fonte: Valor Invest

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