Conselheira eleita para o Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano lamentou, em nota, a morte do diretor de Integridade da instituição, Sergio Ricardo Faustino Pereira, encontrado sem vida nas dependências do banco na manhã dessa quarta-feira (20). “Como todos vocês, estou muito triste e perplexa por essa perda repentina”, escreveu. “Meu abraço fraterno e solidário à família e amigos.”A conselheira acrescentou que o caso exige investigação minuciosa, “pois além de trágico, aconteceu no local de trabalho.” Ela comentou que a Caixa passa por tempos difíceis, por causa de pressões “exacerbadas” sobre funcionários e dirigentes, “com aumento de metas, cobranças agressivas, rotatividade de cargos, retirada de funções, intimidações.”Outra fonte de insegurança e instabilidade, acrescenta, é a “ameaça de privatização da Caixa” e “restruturações açodadas e sem maturidade operacional, que interferem na vida das pessoas e na continuidade dos processos.”Ela cita como exemplo “a última, aprovada segunda-feira (18), com meu voto contrário.” A conselheira se refere à decisão, tomada na segunda-feira (18), de retirar a corregedoria da estrutura da presidência e a vincular ao Conselho de Administração. Também foram unidas áreas na vice-presidência, além da troca de dois vice-presidentes e destituição de dois executivos antigos, que participaram da gestão do ex-presidente Pedro Guimarães.“Esses fatos culminaram em dezenas de denúncias de assédio sexual e moral, piora das condições de trabalho e atendimento aos clientes”, resume. “Esse estado de coisas precisa mudar urgentemente. Não podemos nos calar.”Conselheira diz que Caixa passa por tempos difíceis, devido a pressões, em suas palavras, exacerbadas, sobre funcionários e dirigentesMarcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Valor Invest
