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Veja o que é #FATO ou #FAKE na entrevista de André Janones para o podcast 'O Assunto', do g1

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Deputado federal do Avante participou, nesta segunda-feira (11), da série de entrevistas comandadas pela apresentadora Renata Lo Prete com pré-candidatos à Presidência da República. Entrevista foi transmitida ao vivo direto do estúdio do g1, em São Paulo O candidato do Avante à Presidência, André Janones, foi entrevistado no podcast “O Assunto”, do g1, nesta segunda-feira (11).

O pré-candidato do Avante à Presidência da República, André Janones, em entrevista ao Podcast O Assunto

Reprodução G1

Foi a terceira e última entrevista da série comandada por Renata Lo Prete com pré-candidatos à Presidência da República. A conversa foi transmitida ao vivo direto do estúdio do g1, em São Paulo.

O g1 convidou para as entrevistas os cinco primeiros colocados na pesquisa Datafolha divulgada em 26 de maio.

A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de André Janones. Leia:

"A falsa polarização que a gente vive é um cenário em que o eleitor não é convicto do voto.”

A declaração é #FAKE. Veja por quê: Uma pesquisa Datafolha divulgada no fim de junho mostra que 70% dos eleitores brasileiros já estão totalmente decididos a votar no candidato que escolheram na eleição presidencial deste ano. Já o número de entrevistados que disseram que o voto ainda poderia mudar era de 29%.

A certeza no voto é maior entre os eleitores dos dois candidatos que aparecem na frente nas pesquisas de intenção de voto. Entre os eleitores de Lula, 79% estão totalmente convencidos no voto. Já entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, 78% já não têm mais dúvida.

Em maio, a pesquisa Datafolha apontava um cenário muito semelhante: os que tinham certeza do voto eram 69%, enquanto que os que ainda podiam mudar de opção eram 30%.

“Cerca de 30% dos municípios do país têm atendimento de saúde mental especializada.”

A declaração é #FATO. Veja o porquê: De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Brasil tem 2.742 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que são unidades de atendimento a pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com vício em álcool e outras drogas. Estes centros, segundo a pasta, estão em 1.845 municípios do país. De acordo com o IBGE, o Brasil tem 5.570 municípios. A relação proporcional entre número de cidades que têm CAPS e total de cidades brasileiras, de fato, é de 33%.

“Normalmente eu voto por boas opções para o povo brasileiro. Mas eu tinha uma terceira opção, que era me abster, coisa que eu jamais fiz e jamais farei.”

A declaração é #FAKE. Veja por quê: Desde que foi eleito, Janones se absteve 18 vezes na Câmara. Ele esteve presente em sessões em que 1.785 votações nominais ocorreram no plenário. Ou seja, o parlamentar se absteve em 1% das votações nominais. A maior parte delas, 11 vezes, no dia 14 de abril de 2020, na votação de destaques, emendas e requerimentos na votação da MPV 905/2019, que criou o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Veja a lista completa de abstenções:

PL 2999/2019, que Dispõe sobre honorários periciais em ações em que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);

MPV 905/2019, que criou o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo;

PL 3292/2020, que estabelece percentual mínimo para a aquisição de leite sob a forma fluida com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);

PL 3729/2004, que desobriga a licença ambiental em obras de saneamento básico, de manutenção em estradas e portos, de distribuição de energia elétrica com baixa tensão;

MPV 1017/2020, que define as diretrizes para a quitação e para a renegociação das dívidas relativas às debêntures emitidas por empresas subscritas pelos fundos de investimentos regionais e para o desinvestimento, a liquidação e a extinção dos fundos;

MPV 1029/2021, que dispõe sobre o exercício da profissão de tripulante de aeronave;

MPV 1099/2022, que institui o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário e o Prêmio Portas Abertas.

"De um deputado utilizar o microfone, iniciar uma sessão: "sob as bênçãos de Deus iniciamos mais uma sessão", aí imediatamente: "sob as bençãos de Deus encerramos essa sessão". Sessão que durou 30 segundos, um minuto."

A declaração é #FATO. Veja por quê: A Câmara dos Deputados fez uma sessão de um minuto no dia 7 de julho para agilizar a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que, às vésperas das eleições de outubro, concedeu uma série de benefícios sociais.

Dias antes dessa sessão de um minuto, o deputado Christino Áureo (PP-RJ) pediu vista do relatório durante a leitura do parecer na comissão especial. O regimento prevê que esse tempo de vista do relatório seja de duas sessões do plenário. Assim, mesmo com a sessão de um minuto, o prazo foi contado, e a comissão especial pôde analisar o tema na quinta.

"[Bolsonaro ficou] 28 anos no parlamento sem ter proposto nenhuma medida efetiva de combate à corrupção."

A declaração é #FATO. Veja por quê: Entre as proposições de Jair Bolsonaro durante seus anos como deputado federal, não consta nenhuma que lide diretamente com o combate à corrupção. Seu nome aparece listado, no entanto, entre os de deputados que assinaram projetos de lei e projetos de emenda à Constituição que tratam do tema.

É o caso da PEC 168, de 2017, que extingue o foro privilegiado, de autoria do deputado José Aparecido de Oliveira (PV-MG), ou da PEC 244, de 2004, que estabelece a Agência Nacional de Combate à Corrupção, escrita por Almir Moura (PL-RJ). As proposições, no entanto, não são de sua autoria.

“A classe média "paga o pato", ela arca com os maiores custos e não recebe benefício nenhum. Se você pegar do ponto de justiça social, ela é até mais sacrificada do que as pessoas de baixa renda. Quem está abaixo da linha da miséria, pelo menos boa parte dessas famílias tem acesso ao Auxílio Brasil, tem acesso ao auxílio para mães solo, tem acesso a uma cesta básica no CRAS do seu município.”

#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que, em 2021, a inflação afetou ligeiramente mais as classes média-baixa (10,40%) e média (10,26%) do que as classes baixa (10,1%) e muito baixa (10,08%). No entanto, em abril deste ano, o índice apontava peso maior para as classes com renda mais baixa. O acumulado em 12 meses foi de 12% para quem tem renda muito baixa, contra 11,1% para quem tem renda média.

Um levantamento feito pelo Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais (Sindifisco Nacional) também aponta que a defasagem na tabela do Imposto de Renda afeta mais a classe com renda baixa. Segundo o Sindifisco, caso a tabela do IR tivesse sido corrigida pela inflação, nenhum contribuinte cuja renda tributável mensal seja inferior a R$ 4.427,59 pagaria o imposto. Pela tabela atual, todos os contribuintes com renda tributável superior a R$ 1.903,98 pagam.

Além disso, apesar de o número de brasileiros sem ter o que comer ter quase dobrado em dois anos de pandemia, um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) também aponta que 2,8 milhões de famílias que atendem aos requisitos para receber o Auxílio Brasil não tiveram acesso a ele.

“Pesquisas recentes mostram que, apesar de ainda gozar de uma boa imagem perante os brasileiros, pela primeira vez [está] caindo essa boa imagem que os brasileiros têm das Forças Armadas.”

A declaração é #FATO. Veja por quê: O número de brasileiros que diz não confiar nas Forças Armadas subiu 8 pontos percentuais entre 2018 e 2022, passando de 21% para 29% dos entrevistados, segundo a pesquisa “A cara da democracia”, divulgada no último dia 4 de julho. Segundo o levantamento, as Forças Armadas aparecem em segundo lugar entre as instituições mais confiáveis pelos brasileiros, atrás das igrejas, mas à frente do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e de partidos políticos.

Em setembro de 2021, uma pesquisa do Datafolha mostrava que as Forças Armadas, embora permanecessem no topo do ranking das instituições mais confiáveis segundo os brasileiros, haviam atingido a taxa mais alta de desconfiança da série histórica, iniciada em 2017. Na ocasião, 22% diziam não confiar nos militares.

"Passando pelo episódio da reforma da Previdência, que eu me posicionei contra a reforma. O ponto alto foi o auxílio emergencial. Eu digo que a grande marca do meu mandato, eu fui um dos que defenderam desde o início e que depois continuou fazendo a defesa durante toda a vigência.”

A declaração é #FATO. Veja por quê: André Janones votou contra a reforma da Previdência nos dois turnos de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) no plenário da Câmara, em 2019. Na tramitação do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na comissão especial, o parlamentar não votou, pois não fazia parte dos colegiados.

Quanto ao auxílio emergencial, o deputado defendeu o valor de R$ 600 do benefício nas redes sociais e em discursos na Câmara.

Em setembro de 2020, uma live de Janones em uma rede social em que ele defende a manutenção do benefício no valor de R$ 600 atingiu 5,5 milhões de visualizações. Já em outubro de 2020, Janones falou o seguinte no Congresso: "Nós continuamos em obstrução, pressionando para que a MP 1.000 seja pautada, para que o auxílio emergencial volte ao valor de 600 reais".

Em outra declaração em plenário, em julho de 2021, afirmou: "O povo brasileiro está revoltado porque o auxílio emergencial foi reduzido por não haver recurso".

*Clara Velasco, Felipe Grandin, Julia Cople, Larissa Calderari, Marinha Pinhoni, Patrícia Fiúza, Paulo Assad, Paulo Veras, Rodrigo Salgado, Roney Domingos e Sarah Resende

Fonte: Valor Invest

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