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Governo intercedeu junto ao MEC por pastor investigado, diz jornal

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Mesmo sem terem cargos no governo Bolsonaro, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos negociavam a liberação de recursos do Ministério da Educação com prefeitos A Presidência intercedeu junto ao Ministério da Educação (MEC) para beneficiar um pastor evangélico suspeito de atuar em um esquema de corrupção no governo federal, segundo reportagem publicada neste sábado (9) no jornal “Folha de S. Paulo”.

De acordo com o jornal, a Presidência da República pediu oficialmente ao Ministério da Educação para que recebesse o pastor Arilton Moura -- ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e investigado por suposta participação em desvios de recursos públicos -- e cobrou a Pasta para que atendesse as demandas apresentadas.

O pedido de reunião ao MEC e a cobrança do Planalto sobre os encaminhamentos estão em e-mail obtido pela “Folha”. A mensagem é do início do ano passado, de janeiro de 2021, e foi enviada do gabinete do então ministro da Casa Civil general Walter Braga Netto -- vice na chapa à reeleição de Jair Bolsonaro. O MEC e o ex-ministro não responderam ao pedido de entrevista da reportagem.

Ontem, a Casa Civil afirmou, por meio de nota, que costuma receber pedidos de reuniões e negou qualquer tipo de pressão para atender o pastor. A Pasta disse que o encaminhamento do e-mail ao MEC "não configura qualquer orientação para que determinado órgão atenda à solicitação".

As mensagens divulgadas pelo jornal reforçam as suspeitas do apoio da Presidência para a atuação dos pastores em negociações no MEC. O ex-ministro Milton Ribeiro, que chegou a ser preso depois da divulgação de denúncias de um balcão de negócios no MEC, afirmou quando estava no governo que priorizava pedidos dos pastores, sob orientação de Jair Bolsonaro.

Mesmo sem terem cargos no governo Bolsonaro, os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos negociavam a liberação de recursos do Ministério da Educação com prefeitos. Os dois pastores foram presos junto com Milton Ribeiro em junho e foram soltos no mesmo dia.

A Polícia Federal (PF) afirmou que apura as denúncias de corrupção no MEC e o caso foi levado ao Supremo Tribunal Federal (STF), depois de declarações do próprio ex-ministro de que teria sido avisado pelo presidente Bolsonaro da possibilidade de uma operação da PF contra ele.

Cristiano Mariz/Agência O Globo

Fonte: Valor Invest

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