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Setor de calçados vê redução das restrições contra covid-19 na China com otimismo, mas cautela

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A flexibilização das medidas do lockdown anunciadas nessa terça-feira (28) na China foi um “bom sinal”, segundo fontes do setor calçadista ouvidas pelo Valor. Ainda assim, há temor quanto ao aumento nos casos de covid-19 e à possibilidade de novas restrições, cenário que se soma as dificuldades ainda presentes com o frete internacional.

Um dos segmentos mais afetados pela mudança é o de componentes. O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, diz que o mercado chinês é o principal destino dessa indústria, tendo movimentado US$ 39,88 milhões de janeiro a maio. A Assintecal é a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos.

“As exportações para China nem chegaram a cair. Mas, em comparação com outros mercados, cresceu muito menos. Cresceu 11% em cinco meses, mas mercados como Argentina cresceram cerca de 60%”, observa ele. A indústria do setor exporta especialmente produtos químicos para tratamento de couro.

Nas importações — que se concentram especialmente em produtos básicos para produção de componentes, como resina para a fabricação de solados ou palmilhas —, houve problemas de escassez de insumos. “Então, o impacto é positivo agora por reestabelecer rotas de alguns de produtos que só têm fornecedores chineses”, diz ele, observando, porém, que o setor globalmente tem buscado reorganizar sua cadeia de insumos.

Falta de insumos não foi um problema para a fabricante de calçados Grendene, segundo o diretor de relações investidores da empresa, Alceu Albuquerque. Mas foi sentido um “atraso muito grande” para produtos chegarem ao Brasil, diz. “Esses anúncios tendem a ajudar na melhoria do fluxo e nos atrasos”.

A maior expectativa, porém, vem das vendas no mercado chinês. Ele afirma que, no primeiro semestre, os lockdowns atrapalharam as operações da Grendene para a Grendene Global Brands (GGB, a joint-venture com a 3G Radar). “Um exemplo é que a GGB não conseguia nem abrir conta bancária na China porque os funcionários não saíam de casa. Tinha que movimentar calçados de um CD para outro e não conseguia por causa das medidas de lockdown. Essas medidas nos tornam mais otimistas.”

Segundo Luiz Ribas Júnior, da Assintecal, China é principal destino dos componentes, tendo movimentado US$ 39,88 milhões de janeiro a maio

Luis Ushirobira/Valor

Fonte: Valor Invest

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