A motorista de transporte por aplicativo Alayne da Silva Oliveira, 29 anos, atingida por disparos de arma de fogo por criminosos durante suposto assalto no Benedito Bentes, foi amarrada em um tronco de uma árvore e deixada de joelhos no canavial. A informação foi confirmada pelo namorado da vítima, identificado como Samuel, em entrevista à Rádio Pajuçara FM, na manhã desta segunda-feira, 20.
Alayne foi baleada na cabeça e nas costas, sendo localizada por policiais militares por volta das 5h30 da manhã depois de uma madrugada de buscas. A denúncia foi feita por colegas de profissão, de que a mulher teria sido sequestrada após uma corrida, que teve início no bairro de Ponta Verde, e que se encerraria no Parque dos Caetés, no Benedito Bentes.
Samuel disse ao repórter Hélio Góes que a mulher conversou com ele após o resgate, mas estava frágil devido ao tempo que ficou abandonada no canavial. "Ela estava lá amarrada, e com tiro na nuca, com dedo ferido, levou um tiro também. Ela estava de joelhos. Ela disse que foi assaltada. Ficou fraca, por causa do horário".
Segundo a família, os médicos informaram que a bala que atingiu as costas transfixou, porém outra que acertou a cabeça segue alojada e começa a afetar a visão da mulher devido ao sangue. Ela vai precisar ser retirada após procedimento cirúrgico.
"A gente estava conversando antes. Ela disse que ia levar a mulher no Caetés e depois descia para a gente tomar um café. Fui acompanhando. Quando chegou lá, a corrida se encerrou e não tive mais notícias dela. Liguei, e o celular deu fora de área. Ai coloquei nos grupos, e houve o mutirão, todo mundo procurando ela", confirmou Samuel.
O homem destacou ainda que acredita que os homens envolvidos no crime estariam esperando por ela no Benedito Bentes, já que a namorada havia comentado antes apenas sobre uma passageira. "Tem como não, existe não. Como iam entrar a mulher e dois ladrões?", respondeu.
A mulher foi atendida na UPA no Benedito Bentes e já transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE). O quadro clínico dela é considerado grave.