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Amazonas

Comissão da OEA pressiona Brasil por desaparecimentos na Amazônia

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA) aumentou neste sábado, 11, a pressão internacional sobre o Brasil para solucionar o que aconteceu com o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, desaparecidos no último domingo, 5, enquanto viajavam pelos rios do Vale do Javari, região no oeste do Estado do Amazonas que faz fronteira com o Peru e a Colômbia. Em resolução com "medidas cautelares", o órgão pede que o Brasil “redobre seus esforços para determinar a situação e o paradeiro” dos dois, “a fim de proteger os seus direitos à vida e à integridade pessoal, e que possam continuar realizando seus trabalhos de defesa de direitos humanos ou exercendo suas atividades jornalísticas” na Amazônia; e que o país informe dentro de um prazo de sete dias sobre “as ações adotadas a fim de investigar com a devida diligência os fatos alegados que deram origem à adoção desta medida cautelar e, assim, evitar a sua repetição”.

A CIDH explica que o caso não se constitui num pré-julgamento do caso. A resolução aprovada foi em resposta a um pedido protocolado por entidades da sociedade civil que trabalham em defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa. Segundo a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Pereira e Phillips teriam visitado uma base da Funai em Lago do Jaburu, onde o jornalista fez algumas entrevistas com alguns indígenas no sábado, 4, para um livro que estava escrevendo. Na manhã de domingo, os dois iniciaram o retorno para a cidade de Atalaia do Norte; eles teriam combinado com antecedência uma visita à comunidade São Rafael, onde Pereira se reuniria com um pescador apelidado de "Churrasco", para consolidar trabalho conjunto entre indigenistas e a comunidade. Eles chegaram no local por volta das 6h da manhã, onde falaram com a esposa de "Churrasco", já que o mesmo não estava lá, e, logo em seguida, continuaram o caminho rumo a Atalaia do Norte, onde deveriam ter chegado por volta das oito ou nove horas. Não houve mais contato com o brasileiro e o britânico desde então. Pereira, que era membro da Unijava, havia recebido ameaças de morte por seu trabalho em defesa dos indígenas e contra as atividades ilegais na área, que tem atividades de traficantes, garimpeiros, caçadores e pescadores.

Fonte: Jovem Pan

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