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Em discurso no G20, Bolsonaro critica protestos contra o racismo pelo país

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Diante dos líderes das maiores potências econômicas do mundo, presidente também reiterou a defesa de reforma da OMC e a não obrigatoriedade de vacinação contra a covid-19 O presidente Jair Bolsonaro abriu seu discurso na cúpula do G20, neste sábado (21), criticando a onda de protestos contra o racismo pelo país, após o assassinato de um homem negro por seguranças de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre. Para Bolsonaro, o caso traz “busca de poder” com “tentativas de importar para o nosso território tensões alheias à nossa história”.

Diante dos líderes das maiores potências econômicas do mundo, Bolsonaro também reiterou a defesa de reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a não obrigatoriedade de vacinação contra a covid-19.

Antes de adentrar aos temas discutidos no encontro, Bolsonaro afirmou que precisaria fazer uma introdução sobre garantia da “defesa do caráter nacional brasileiro”, por ocasião dos protestos realizados desde sexta-feira (20).

“O Brasil tem uma cultura diversa, única entre as nações. Somos um povo miscigenado”, afirmou. “Foi a essência desse povo que conquistou a simpatia do mundo. Contudo, há quem queira destruí-la, e colocar em seu lugar o conflito, o ressentimento, o ódio e a divisão entre raças, sempre mascarados de "luta por igualdade" ou "justiça social". Tudo em busca de poder”.

Em discurso semelhante ao que havia publicado em redes sociais no fim da noite passada, Bolsonaro disse que defende um povo "soberano e unido".

“Como homem e como presidente, enxergo todos com as mesmas cores: verde e amarelo! Não existe uma cor de pele melhor do que as outras. O que existem são homens bons e homens maus; e são as nossas escolhas e valores que determinarão qual dos dois nós seremos. Aqueles que instigam o povo à discórdia, fabricando e promovendo conflitos, atentam não somente contra a nação, mas contra nossa própria história”, complementou.

Na sequência, Bolsonaro lembrou o compromisso estabelecido entre os líderes do G20, no início da pandemia, para manutenção dos fluxos de comércio e das cadeias produtivas globais. Para o presidente brasileiro, embora “longe do ideal”, houve êxito nas iniciativas.

Combate à pandemia

Bolsonaro também garantiu que o Brasil está alinhado aos esforços internacionais na busca de vacinas eficazes e seguras contra a covid-19 e adota o tratamento precoce no combate à doença.

“Apoiamos o acesso universal, equitativo e a preços acessíveis aos tratamentos disponíveis. É com esse objetivo que participamos de diferentes iniciativas voltadas ao combate à doença”, explicou. “No entanto, é preciso ressaltar que também defendemos a liberdade de cada indivíduo para decidir se deve ou não tomar a vacina. A pandemia não pode servir de justificativa para ataques às liberdades individuais.”

Ao destacar as principais medidas na área econômica adotadas internamente por seu governo, como auxílio emergencial e repasses a Estados e municípios, Bolsonaro opinou que a injeção de recursos pelas principais economias do mundo contribuiu para “assegurar a devida liquidez aos mercados e conferir alívio fiscal aos países mais vulneráveis”.

OMC

Na linha do que já havia dito nesta semana em encontro do Brics, Bolsonaro prometeu levar adiante reformas estruturais internas e reivindicou mudanças na Organização Mundial do Comércio.

“A reforma da OMC, que já se fazia necessária antes da pandemia, torna-se, agora, elemento-chave para a recuperação da economia mundial. O Brasil defende avanços nos três pilares da OMC: negociações; solução de controvérsias; e monitoramento e transparência”, afirmou. “Também esperamos que o Órgão de Apelação possa voltar à plena operação o mais rápido possível.”

Bolsonaro voltou a argumentar que a OMC precisa equiparar a ambição de reduzir os subsídios para bens agrícolas à promoção do comércio de bens industriais. A reforma precisa contemplar, segundo o presidente, o estímulo aos investimentos e a criação de condições justas e equilibradas para o comércio internacional, não só de bens, mas também de serviços.

“Por isso, proponho que nossos ministros debatam e compartilhem melhores práticas sobre como lidar com esse tema, evitando-se cair na armadilha de subsídios e políticas que distorçam o comércio internacional”, finalizou o presidente.

A cúpula do G20, organizada neste ano pela Arábia Saudita, ocorre pela primeira vez de forma virtual, em função da pandemia. O presidente Jair Bolsonaro também deve participar de outras etapas do encontro amanhã.

Fonte: Valor Invest

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