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MP pede abertura de inquérito policial para investigar exercício ilegal da Medicina no HGE

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O Ministério Público do Estado (MPE) instaurou notícia de fato e vai requisitar que a Polícia Civil (PC) abra inquérito para investigar a denúncia de que acadêmicos de Medicina estariam exercendo a profissão de forma ilegal no Hospital Geral do Estado (HGE).

O caso foi denunciado por um estudante que flagrou o procedimento cirúrgico sendo realizado pelos acadêmicos, que, sequer, fazem parte do quadro de residência do hospital, conforme apontam denúncias. Três alunos são suspeitos de realizarem a cirurgia, que teria ocorrido no dia 17 de maio deste ano. Um deles, inclusive, é filho de um médico que atua no hospital.

Segundo o HGE, os coordenadores das áreas envolvidas foram notificados, assim como todas as pessoas apresentadas na denúncia como participantes da irregularidade. Elas devem prestar esclarecimentos, segundo a unidade hospitalar.

O promotor criminal Anderson Barbosa afirmou, em entrevista à TV Pajuçara, que os fatos são graves e que devem ser investigados. Por isso, vai requisitar da Polícia Civil a abertura de um inquérito.

"Primeiro, existe a ilegalidade, porque os acadêmicos não podem praticar atos que são privativos dos médicos, que é a realização da cirurgia. Então, os fatos são graves e devem ser apurados de forma rigorosa. Já instaurei uma notícia de fato e estou requisitando a abertura de um inquérito policial para apurar a conduta de todas as pessoas que foram envolvidas nos fatos: os acadêmicos de Medicina e o médico que era responsável pela cirurgia, porque ele tem a responsabilidade de realizar o ato médico que teve a participação de acadêmicos".

Ele disse que outras pessoas que estavam no centro cirúrgico também serão ouvidas, além do diretor do hospital.

"Vamos fazer uma oitiva com as pessoas que participaram da cirurgia, como instrumentadores, enfermeiros, anestesistas e, também, solicitar a oitiva do diretor do HGE, para saber quais foram as providências adotadas pela instituição com relação aos fatos graves que nos chegaram".

Uma comissão do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) acompanha as investigações.

"O aluno de Medicina até o sexto ano, ainda sem sua carteira profissional, não tem nenhuma aptidão para realizar ato médico sozinho. Toda responsabilidade é do médico assistente do doente. Esses atos têm que ser denunciados e investigados", afirmou o vice-corregedor da instituição, Alfredo Aurélio Rosa.

Por meio de nota, as duas instituições de ensino particulares onde os acadêmicos denunciados estudam afirmaram que os alunos não estavam realizando atividades acadêmicas oficiais durante o fato denunciado.

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