A China fez mais uma provocação aos Estados Unidos nesta quarta-feira, 25, ao anunciar que seu exército realizou manobras perto de Taiwan. De acordo com eles, essa é uma “advertência contra a conspiração entre as forças separatistas e os Estados Unidos”. Na segunda-feira, 23, quando estava visitando os países asiáticos, Joe Biden informou que vai ajudar militarmente Taiwan caso os chineses resolvam controlar o território a força. Desde 1949, há uma disputa territorial entre a ilha e Pequim.
“Esta é uma patrulha do Exército Popular de Libertação (EPL) em torno de Taiwan com o objetivo de prontidão de combate e exercícios de treinamento tanto no mar quanto no ar”, disse o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental, em comunicado, acrescentando que os exercícios são “uma advertência solene contra o recente conluio entre os Estados Unidos e as "forças separatistas taiwanesas”. Na terça-feira, 24, Rússia e China mandaram cada um dois caças, ambos bombardeiros com capacidade de emprego nuclear, para o mar do Japão a zona de defesa aérea coreana, como resposta a promessa de Biden, que no momento do ocorrido estava em Tóquio realizando uma reunião com os seus aliados contrários a Pequim na reunião Ásia-Pacífico para juntar um novo bloco econômico definido sem critérios muito rigorosos destinados a afrontar a dominância da China.
O coronel chinês considera como “hipócrita e fútil que os EUA tomem ações completamente opostas a suas palavras e frequentemente encorajem as "forças de independência de Taiwan"”. Segundo ele “todos esses atos dos EUA só levarão a uma situação perigosa e terão sérias consequências para si mesmos”. Em outubro de 2021, a China e os Estados Unidos tiveram uma discussão semelhante sobre Taiwan depois que Biden anunciou um compromisso explícito de defender a ilha no caso de uma invasão chinesa.
A China insiste em reunificar a República Popular com a ilha, que tem sido governada autonomamente desde que o partido Kuomintang lá se estabeleceu em 1949, após perder a guerra civil contra os comunistas. Desde então, há apelos crescentes para que Taiwan declare independência como um Estado soberano, o que irrita Pequim, que reitera que “a reunificação será alcançada”. O presidente norte-americano concorda com a política de uma só China, contudo defende que a ideia de que Taiwan não pode ser tomada à força, pois “deslocaria toda a região e seria outra ação semelhante a da Ucrânia”, disse Biden.
*Com informações da EFE
Jovem Pan