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Xangai atinge taxa de "covid zero", mas milhões de pessoas permanecem confinadas

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As autoridades de Xangai informaram nesta terça-feira, 17, que conseguiram eliminar os contágios de Covid-19 em todos os distritos entre a população que não está cumprindo quarentena e que vai iniciar a suspensão das restrições. “Os 16 distritos de Xangai já alcançaram "covid zero" a nível comunitário”, afirmou o secretário de Saúde, Zhao Dandan, à imprensa. Isto significa que os quase mil casos de Covid-19 registrados nesta terça-feira foram detectados nos estabelecimentos de quarentena onde os infectados são isolados, não entre a população geral. Contudo, a maioria dos moradores terá que aguentar o confinamento por mais algum tempo antes de retomar uma vida mais normal.

Desde o início de abril, os chineses enfrentam o pico mais grave da doença desde o início da pandemia, o que fez a China adotar duras restrições para conter os contágios, dentro de sua estratégia de “covid zero”. Em Xangai, maior cidade do país, 25 milhões de pessoas foram confinadas desde o início de abril. A decisão gerou protestos incomuns contra as autoridades diante do confinamento prolongado, da escassez de alimentos e dos problemas de distribuição. Com o avanço, a cidade planeja retomar as atividades ao ar livre em etapas, com algumas lojas reabrindo nesta semana, mas com a maioria das restrições de movimento permanecendo em vigor até 21 de maio, data a qual o transporte público e outros serviços serão retomados gradualmente. Até junho, o lockdown deve ser suspenso, mas os moradores ainda serão solicitados a fazer testes com frequência.

A imprensa chinesa divulgou imagens de pessoas em uma longa fila diante de uma das estações ferroviárias de Xangai após a retomada do serviço. Várias companhias aéreas retomaram os voos domésticos com decolagens a partir de Xangai. Porém, os moradores só podem sair da cidade com uma autorização e depois de passar por vários testes. Mesmo com a diminuição das restrições, as autoridades chinesas não demonstram nenhuma vontade de suavizar a política de controle de Covid, apesar do custo para o comércio, turismo, vendas de veículos e mercado de trabalho, já que a estratégia permitiu à China conter o vírus e praticamente retomar a normalidade depois controlar a primeira onda do vírus em 2020.

 

Fonte: Jovem Pan

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