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Mark Ruffalo, Anitta e Burger King: veja quem incentiva a regularização do título eleitoral

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O incentivo para jovens de 16 e 17 anos tirarem o título eleitoral para votarem pela primeira vez nas eleições deste ano começou com uma ação do TSE e se espalhou O incentivo para jovens de 16 e 17 anos tirarem o título eleitoral para votarem pela primeira vez nas eleições deste ano começou com uma ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se espalhou. Além de jovens, há campanhas para regularização do título. Nesta semana, por exemplo, a rede Burger King Brasil lançou uma promoção chamada "Fome de Democracia" para quem apresentar seu documento ou comprovante do requerimento de regularização.

Em março, o TSE havia registrado o menor número de adolescentes com título de eleitor da história. Foram cerca de 830 mil jovens com o documento. Em 2018, foram mais de 1,4 milhão de pessoas nessa faixa etária aptas para votar no mesmo mês. No Brasil, o voto é facultativo para adolescentes de 16 e 17 anos. O Tribunal, então, lançou a Semana do Jovem Eleitor e promoveu um tuitaço com a hashtag #RolêDasEleições.

Em paralelo, surgiu uma campanha espontânea, impulsionada por publicações de artistas e personalidades como a ex-BBB Juliette, as cantoras Luísa Sonza e Anitta, Zeca Pagodinho, Whindersson Nunes, Larissa Manoela e Pablo Vittar nas redes sociais. O apelo chegou ao ator Mark Ruffalo, que interpreta o Hulk nos filmes dos estúdios Marvel. Ativista de causas ambientais, o ator americano usou seu perfil no Twitter para pedir aos seus seguidores brasileiros de 16 e 17 anos que não percam o prazo estipulado pelo TSE e tirem o título de eleitor até 4 de maio.

“O que acontece no Brasil é importante para todos nós. Seu voto é seu poder. Use seu poder”, publicou Ruffalo, em seu perfil na terça-feira (26). Ele também compartilhou o site da campanha “Olha o Barulhinho”, que incentiva jovens a participarem das eleições e do debate político no Brasil. A ação foi desenvolvida pela agência Quid, que se apresenta como um “laboratório de comunicação e mobilização para causas” e desenvolve ações políticas no ambiente digital.

A funkeira Anitta também usou o Twitter, em março, para avisar que só vai fazer selfies com os fãs que tiverem com o título de eleitor em dia. "Então agora é isso hein... Me pediu foto quando me encontrou em algum lugar? Se for maior de 16 eu só tiro a foto se tiver foto do título de eleitor", ela escreveu.

A cantora Luísa Sonza publicou um vídeo no Instagram, por meio do Stories, para estimular os fãs a tirar o título de eleitor. "Vocês, jovens com mais de 16 anos deveriam estar tirando o título de eleitor agora. Não adianta só gritar 'Fora, Bolsonaro' nos shows e não tirar o título, entende?", ela disse.

O economista e ex-BBB Gil do Vigor também reforçou a campanha. Nas redes sociais, ele escreveu: "Cadê os vigorosos de 16 e 17 anos? Já tiraram o título de eleitor de vocês?? É rapidinho e o primeiro título dá pra tirar online. Se você tem 15 anos e completa 16 anos até outubro, já pode tirar também".

A atriz Bruna Marquezine embarcou na campanha e republicou o post da amiga Anitta. "Bora, galera adolescentes", incentivou.

Inês Brasil, que se tornou hit na web por seu vídeo inusitado de inscrição no "Big Brother Brasil", engrossou a campanha. Com uma montagem de si com a faixa presidencial, a influenciadora digital publicou, no Twitter, um passo a passo para tirar o título.

O apelo parece estar dando resultado. Na semana passada, o TSE anunciou que, após as mobilizações e campanhas direcionadas, o número de jovens de 15 a 17 anos com título de eleitor subiu de 199.667 em fevereiro para 290.783 em março — um aumento de 45%.

No entanto, o Brasil registra o menor número de adolescentes eleitores desde março de 2004. Proporcionalmente, 37,09% dos jovens da época estavam regularizados para votar, hoje o número gira em torno de 18%.

Apesar da baixa histórica, o Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, fez uma enquete que revelou a crença dos jovens no processo eleitoral: 9 em cada 10 afirmaram que o voto tem poder para transformar a realidade. 64% - número bem maior do que os 17% com título de eleitor - disseram que votariam nas eleições deste ano, outros 21% estão na dúvida.

Entre aqueles 15% que disseram que não votariam, nem todos o fariam por não desejarem participar da escolha dos representantes; 17% não conseguirão tirar o título a tempo e outros 69% não terão idade suficiente. No Brasil, jovens a partir de 16 anos podem votar, apesar de não serem obrigados. O voto é obrigatório a partir dos 18 anos.

Como tirar o documento

É possível solicitar o título de eleitor no cartório eleitoral de sua cidade ou em unidades do Poupatempo (nas cidades paulistas), mas também é possível fazer o processo pela internet, pela plataforma on-line do TSE, a TítuloNet. O prazo para formalizar o pedido no sistema termina em 4 de maio, data em que o cadastro eleitoral é fechado.

Após acessar a TítuloNet, selecione o Estado onde vive. Na tela seguinte, escolha a opção "não tenho" título e forneça as informações solicitadas. Tenha em mãos e tire uma foto dos seguintes documentos:

Documento de identificação com foto (RG, CNH, carteira profissional ou passaporte);

Comprovante de residência atualizado;

Certificado de quitação de serviço militar (somente para homens com idade entre 18 e 45 anos que ainda não tenham título eleitoral);

Comprovante de pagamento de débito coma Justiça Eleitoral (para quem tiver pendências, por faltas em outras eleições, por exemplo).

A plataforma vai solicitar que o eleitor tire uma "selfie" segurando, ao lado do rosto, o documento oficial com a foto visível. A Justiça Eleitoral também produziu um vídeo com os principais passos para solicitar o documento pela internet.

É possível acompanhar o processo da solicitação pela internet. No dia da votação, o eleitor não precisa apresentar o título eleitoral. Basta levar um documento oficial com foto – RG, por exemplo. O eleitor também pode baixar o aplicativo e-Título e ter um versão digital do documento.

Mark Ruffalo

Reprodução/Instagram

Fonte: Valor Invest

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