O Reino Unido atingiu uma marca importante na campanha de vacinação em massa contra o coronavírus. Praticamente todos os idosos e profissionais que trabalham em casas de repouso da Inglaterra já receberam a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. O feito foi celebrado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, que estabeleceu a meta de vacinar todos grupos de risco do país até a metade de fevereiro. No total, são cerca de 15 milhões de pessoas, a maioria com 70 anos de idade para cima, além dos profissionais da saúde.
Nenhum outro grupo teve prioridade. Nem militares, nem políticos, muito menos servidores do judiciário. Até a rainha Elizabeth II teve que esperar a vez dela — a monarca, que tem 94 anos, já recebeu a primeira dose. No sábado, o Reino Unido aplicou cerca de 600 mil doses em apenas um dia, outra marca importante nesta jornada. Para colocar em perspectiva, quase 1% da população foi vacinada só no sábado. O país segue em lockdown e as restrições devem começar a ser relaxadas lentamente a partir de março.
Os especialistas do governo afirmam que se a vacinação continuar em ritmo acelerado é possível que a vida volte a algo próximo do normal no verão. Os efeitos da vacinação para bloquear a transmissão ainda estão sendo estudados. Esse é outro ponto crucial porque até agora não se sabe exatamente o quanto os imunizantes servem para além de prevenir os sintomas da doença. Alguns sinais vindos do Reino Unido, no entanto, indicam que o coronavírus realmente será um problema que vai demorar a passar.
O governo britânico anunciou ter comprado mais um lote de 40 milhões de doses da vacina produzida pela Valneva. O imunizante ainda não está pronto — mas os britânicos já têm um pedido total de 100 milhões de doses só dessa empresa francesa. Essas doses vão ser entregues entre 2022 e 2025. Ou seja, os conservadores britânicos já estão se preparando para a eventualidade de ter que vacinar a população uma vez por ano, como ocorre com a vacina contra a gripe.
Jovem Pan