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Confirmado ministro, Godoy foi escolhido para ajudar "nos rolos do MEC"

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A falta de experiência na área educacional não foi suficiente para barrar seu nome Efetivado no cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, o novo ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, chegou à pasta em 2020 para “ajudar nos rolos do MEC”. Servidor de carreira da Controladoria-Geral da União (CGU) e com experiência em auditorias na área, ele venceu a disputa com evangélicos e políticos do Centrão que estavam de olho na cadeira herdada do pastor Milton Ribeiro.

Formado em Engenharia de Redes pela Universidade de Brasília, Godoy tem pós-graduação em Altos Estudos em Defesa Nacional, pela Escola Superior de Guerra, e em Globalização, Justiça e Segurança Humana pela Escola Superior do Ministério Público.

A falta de experiência na área educacional, contudo, não foi suficiente para barrar seu nome. Ligado ao ministro da CGU, Wagner Rosário, e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, Godoy foi “vendido” a Bolsonaro como alguém capaz de manter o MEC funcionando sem maiores turbulências até o fim deste ano, quando acaba o mandato do presidente.

Ele assumiu como secretário-executivo da pasta em julho de 2020, quando Bolsonaro anunciava o seu quarto ministro da Educação em apenas um ano e meio de governo, o pastor Milton Ribeiro. Segundo uma fonte que participou da escolha, Godoy foi recomendado para o posto para ajudar “nos rolos” do MEC.

Como auditor, Godoy já havia chefiado o departamento da CGU que centraliza as fiscalizações no MEC. A ideia é que ele pudesse auxiliar nos controles da pasta, sobretudo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cujo comando já havia sido entregue a um aliado do ministro da Casa Civil e líder do Centrão, Ciro Nogueira.

Recentemente, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub afirmou que foi obrigado por Bolsonaro a entregar as chaves do FNDE para o Centrão.

Godoy tomou conhecimento em agosto do ano passado das andanças dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura pelo ministério. Denúncia de um servidor do MEC deu origem à uma auditoria da CGU sobre supostos pedidos de propina dos religiosos a prefeitos, em troca de agendas com o ministro e repasses.

Imediatamente após a demissão de Ribeiro, no final de março, Godoy providenciou a exoneração do advogado Luciano de Freitas Musse, então gerente de projetos na pasta. O servidor, segundo apurou o Valor, seria ligado aos dois pastores acusados de fazerem lobby em prefeituras.

Victor Godoy Veiga

MEC/Divulgação

Fonte: Valor Invest

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