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Novartis negocia produzir vacina de outros laboratórios

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A farmacêutica suíça está em conversas com diversas empresas, disse o CEO Vas Narasimhan, à Bloomberg TV, sinalizando a possibilidade de acordo nos próximos dias ou semanas A Novartis está em negociações para produzir vacinas ou tratamentos contra o novo coronavírus desenvolvidos por outras empresas, em uma iniciativa do setor para aumentar a oferta em meio a disputas pelo acesso a esses produtos.

A farmacêutica suíça está em conversas com diversas companhias, disse o CEO da empresa, Vas Narasimhan, à Bloomberg TV, sinalizando a possibilidade de acordo nos próximos dias ou semanas.

“Estamos abertos a disponibilizar a capacidade de produção que temos em nossa rede”, acrescentou o executivo, se referindo a itens como anticorpos monoclonais e vacinas.

Vas Narasimhan, CEO da Novartis

Linkedin/Vas Narasimhan

As negociações acontecem num momento de tensão global em que muitos países tentam adquirir vacinas para sair da pandemia. Após pesquisas próprias que não avançaram, a Sanofi vai turbinar a produção da vacina da Pfizer e BioNTech, anunciando na quarta-feira (27) que disponibilizará uma fábrica em Frankfurt.

A Merck KGaA também estuda maneiras de ajudar a ampliar a capacidade da BioNTech, inclusive no estágio final de produção da vacina, segundo um porta-voz. A empresa já fornece matérias-primas e produtos de pesquisa para mais de 50 grupos de desenvolvedores de imunizantes contra o novo coronavírus, incluindo a BioNTech.

O Ministério da Saúde da Alemanha tem conversado com empresas sobre o aumento da produção, conforme informado por um porta-voz, no início deste mês. Uma porta-voz da BioNTech se recusou a comentar sobre potenciais parcerias.

Tensão na disputa por suprimentos

Pfizer e BioNTech cortaram as remessas de vacinas para alguns governos este mês devido à reforma de uma fábrica na Bélgica. Em seguida, a AstraZeneca — que deve ter sua vacina aprovada pela União Europeia na sexta-feira (29) — anunciou atrasos em entregas que estavam previstas para o continente.

O aperto na oferta agravou a tensão política entre a UE e a Astra, que rejeitou a exigência de que usasse produtos feitos no Reino Unido para aumentar as doses para o bloco.

Narasimhan é médico e já liderou a divisão de vacinas da Novartis. Ele tem experiência própria da pressão que surge durante uma pandemia, já que supervisionou a resposta da Novartis à gripe suína H1N1 em 2009 e foi convocado a depor no Comitê de Supervisão da Câmara de Deputados dos EUA para explicar porque as vacinas não ficaram prontas a tempo.

Obstáculos

“Os primeiros estágios da expansão de dezenas de milhares de doses para centenas de milhões de doses é geralmente um aumento de escala desafiador”, disse Narasimhan em outra entrevista. “Não surpreende o surgimento de alguns obstáculos no caminho. O que importa agora é gerenciarmos as expectativas do público adequadamente e, então, acho que os suprimentos começarão a chegar.”

Ao contrário da Sanofi, a Novartis não tentou desenvolver sua própria vacina contra a pandemia. A companhia vendeu a unidade de imunizantes para a GlaxoSmithKline há vários anos.

No entanto, a Novartis produz mais de 70 bilhões de doses de medicamentos por ano em 50 instalações e está investigando a melhor forma de empregar essa capacidade, de acordo com Narasimhan. (Com a colaboração de Raymond Colitt)

Fonte: Valor Invest

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