Em reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador da Rússia Vassily Nebenzia negou que o país tenha atacado uma maternidade e um teatro em Mariupol. O embaixador disse que o hospital funcionava como uma base militar e que as imagens divulgadas na imprensa são propaganda contra o Kremlin. Em relação ao teatro onde eram mantidos civis fugindo da guerra, incluindo cidadãos turcos, o representante russo acusou os próprios ucranianos. Ele também afirmou que a Rússia não vai mais colocar em votação nesta sexta-feira, 18, um projeto de resolução do Conselho para proteção civil na Ucrânia.
O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, também discursou no Conselho e confirmou a verificação de 43 ataques a serviços de saúde, resultando na morte de 12 pessoas e 34 feridos, entre os quais inclusive profissionais como médicos e enfermeiros. O embaixador João Genésio Almeida, representante do Brasil na ONU, condenou os ataques a hospitais na Ucrânia, o que classificou como violação das leis humanitárias. O embaixador lembrou da ajuda do Brasil aos ucranianos por meio de doações e pediu o cessar-fogo imediato. Segundo a ONU, mais de 700 civis foram mortos na guerra, entre eles 52 crianças, a maioria vítima de armas explosivas. Centenas de prédios residenciais foram danificados ou destruídos, assim como alguns hospitais e escolas.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
Fonte: Jovem Pan