Em comunicado publicado pelo gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, o negociador ucraniano, Mikhailo Podolyak, informou que a Ucrânia não vai adotar um status de neutralidade baseado no modelo austríaco ou sueco. “A Ucrânia está em uma guerra direta com a Rússia. Portanto, o modelo só pode ser "ucraniano" e apenas com base em garantias sólidas em termos de segurança”, declarou. A Ucrânia se tornar um país neutro é uma das exigências da Rússia para chegar a um possível cessar-fogo. Podolyak também informou no comunicado que os signatários deveriam se comprometer com uma intervenção em caso de agressão contra a Ucrânia. “Os signatários das garantias não podem ficar à margem em caso de ataque contra a Ucrânia como acontece hoje”, para ele é preciso participar ativamente no conflito do lado ucraniano e “fornecer imediatamente as armas necessárias”, disse Podolyak.
Rússia e Ucrânia estão realizando desde segunda-feira a quarta rodada de negociações para chegar a um acordo de cessar-fogo. Podolyak, um dos negociadores, já informou que é uma reunião complicada porque ambos os lados possuem "contradições fundamentais" nas exigências dos dois países. Entretanto, na terça-feira, 15, Zelensky deu um passo na direção da Rússia e afirmou que era necessário aceitar que seu país nunca será membro da Otan. Os russos querem que a Ucrânia assuma o compromisso de neutralidade, reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk e desista da Crimeia. Os ucranianos querem uma trégua imediata e a retirada das tropas inimigas. O conflito entre os dois países já está no 21º dia e mais de 3 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro.
Fonte: Jovem Pan