A Maternidade Escola Santa Mônica, única unidade pública de referência para gestantes em risco, voltou a ser denunciada por problemas estruturais. As mães denunciam falta de insumos básicos, problemas nas acomodações, com a disponibilização de cadeiras quebradas para que as mulheres pernoitem enquanto aguardam alta médica dos bebês e na estrutura do prédio, a exemplo de banheiros quebrados e sem manutenção.
Janaina Mendes deu à luz recentemente a um bebê prematuro e conta que precisou comprar seringas e até um termômetro. "A maternidade está zero. O único setor que está bonitinho é a UTI, mas é maquiado, porque faltam EPIs para os profissionais trabalharem, faltam coisas para os bebês, tipo seringa, que é o mínimo. Eu fiz cesária e só fiquei três dias na cama, depois tive alta e fui para uma cadeira quebrada", relatou.
Em resposta às imagens e vídeos divulgados, a Direção da Maternidade Escola Santa Mônica destaca que está enfrentando um histórico de superlotação de pacientes e mães acompanhantes nas duas últimas semanas.
Apesar dessa condição, reconhece o direito das mães acompanhantes de estar com seus bebês. No entanto, não dispõe de espaço suficiente para abrigar as mães dos 52 bebês internos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal - UTIN e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional- UCINCo, ou seja, não tem espaço para hospedar 52 mulheres que já tiveram alta médica;
Devido a este fato, a Maternidade reforça que prioriza o espaço existente para as mães do interior do Estado e garante as refeições e poltronas ao lado das incubadoras para que as mães que moram na capital possam acompanhar seus bebês durante o dia, por todo o período que o recém-nascido permanecer internado, garantindo ainda o apoio do Banco de Leite e equipe de apoio multiprofissional, como psicólogas e assistentes sociais.