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Itapemirim anuncia fim do ITA Bank; grupo não pagou fornecedores, segundo fontes

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Mergulhada em múltiplos escândalos, tanto no setor aéreo quanto rodoviário, a Itapemirim notificou clientes com conta no ITA Bank que o serviço deixará de ser oferecido a partir de 7 de março. A fintech foi criada pela empresa ano passado e tinha o plano de ajudar clientes na compra de passagens aéreas e rodoviárias.

Segundo fontes, os fornecedores não foram pagos e a AWS – plataforma de serviço de computação em nuvem da Amazon – iria desligar os acessos do app. O Ita Bank tinha mais de 2 mil clientes cadastrados, segundo fontes.

O comunicado da empresa foi recebido por clientes por meio de notificação via push no aplicativo de celular da empresa. “O ITA Bank comunica que a partir do dia 07/03/2022 (segunda-feira) suspenderá suas atividades. Solicitamos que transfiram via PIX ou TED seus saldos para outra conta bancária até essa data informada”, dizia a notificação.

A Itapemirim foi procurada para se manifestar, mas até o momento não retornou o contato da reportagem. O fim da operação da fintech chega diante de uma escalada na crise que ronda a empresa.

Voos suspensos

O grupo, em recuperação judicial desde 2016, resolveu iniciar uma companhia aérea no meio do ano passado. Em dezembro, entretanto, suspendeu a operação afetando milhares de clientes nas vésperas das festas de fim de ano.

A aérea parou as operações sob acusação de não pagar a Orbital, que presta serviço em terra. Segundo a Orbital, o passivo supera os R$ 14 milhões. O grupo trava uma verdadeira batalha com credores da viação diante dos saques feitos no caixa e transferidos à companhia aérea.

Desde que deixou de voar, em 17 de dezembro, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) já consumiu R$ 4,8 milhões do caixa do grupo Itapemirim, que está em recuperação judicial desde 2016. Desde agosto de 2020, são mais de R$ 32 milhões.

Os montantes foram apontados pela EXM Partners, administradora judicial do processo de recuperação do grupo, em janeiro. A EXM também tem feito críticas aos saques realizados pela atual administração nos cofres do grupo.

Entrega de passaporte e tornozeleira eletrônica

A juíza Luciana Menezes Scorza, do Departamento de Inquéritos Policiais do Estado de São Paulo (Dipo), determinou neste mês a destituição do presidente do grupo Itapemirim, Sidnei Piva. A magistrada impôs ainda uma série de medidas, como a entrega imediata de passaporte e uso de tornozeleira eletrônica. A decisão atende a pedido do Ministério Público e é datada do último dia 18. Ainda cabe recurso.

Em paralelo, credores também pedem o afastamento da atual diretoria do grupo, alegando o não cumprimento do cronograma de pagamentos, além de demandarem a nomeação de responsável por monitorar as saídas de caixa da empresa (“watchdog”) e evitar que os interesses dos credores fossem violados em detrimento da companhia aérea.

O pedido foi acatado em primeira instância. O grupo Itapemirim, entretanto, conseguiu liminar na segunda instância enquanto o julgamento não é concluído. A audiência para avaliar o caso está marcada para o dia 9 de março.

Juíza determinou destituição do presidente do grupo Itapemirim, Sidnei Piva, entrega de seu passaporte e uso de tornozeleira eletrônica

Divulgação

Fonte: Valor Invest

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