Os Estados Unidos se declararam “indignados” nesta quinta, 24, com “informações confiáveis” de que o exército da Rússia sequestrou trabalhadores da antiga usina nuclear de Chernobyl, capturada pelas forças de Moscou. “Esta tomada de reféns ilegal e perigosa que pode acabar com os serviços civis de rotina necessários para manter e proteger as instalações de resíduos nucleares é obviamente muito alarmante”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em entrevista coletiva. Segundo Psaki, os Estados Unidos condenam essa situação e exigem a liberação desses trabalhadores da usina, onde em 1986 ocorreu o maior acidente nuclear da história.
“Depois de uma batalha sangrenta, perdemos o controle de Chernobyl”, afirmou o assessor da presidência da Ucrânia, Mikhail Podoliak, citado pela agência “UNIAN”. De acordo com Podoliak, as autoridades não têm informações sobre “o estado das instalações da antiga central nuclear de Chernobyl, do sarcófago e do depósito de resíduos nucleares”. “Depois desse ataque absolutamente irracional dos russos nessa direção, não podemos garantir que a usina nuclear de Chernobyl seja segura”, ressaltou, acrescentando que essa “é uma das maiores ameaças que a Europa enfrenta no momento”.
Nesta mesma quinta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alertou que a incursão russa na zona de exclusão da usina nuclear de Chernobyl é “uma declaração de guerra contra toda a Europa”. Anton Gueraschenko, assessor do Ministério do Interior ucraniano, alertou que, se os depósitos com restos radioativos armazenados em Chernobyl forem danificados, “a poeira nuclear pode se espalhar por todo o território de Ucrânia, Belarus e países da União Europeia”.
*Com informações da EFE
Jovem Pan