O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, discursou na manhã desta quinta-feira, 24, em coletiva de imprensa realizada em Bruxelas, na Bélgica, sobre invasão russa com ação militar ao território da Ucrânia. Ele falou sobre o acionamento do Artigo 4º do grupo pelos países membros situados no leste europeu: Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia. O artigo aponta que o grupo de países deve se reunir para garantir conjuntamente a integridade e a segurança de qualquer um deles que se sinta ameaçado. “Ataque a um aliado irá causar resposta de toda a Otan”, afirmou Stoltenberg. Apesar do alerta feito, tropas de países da Otan não deverão ser enviadas para a Ucrânia, que não integra o grupo. Alguns países membros do grupo tem enviado apoio de outras formas, como armas e recursos.
O Artigo 4º da Otan diz que “As partes se consultarão sempre que, na opinião de qualquer uma delas, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”. O que significa que os 30 países membros poderão definir uma ação conjunta para protegerem mutuamente os seus territórios. A Polônia, que é membro da Otan, faz fronteira com a Ucrânia no lado oposto à Rússia e foi um dos países a acionar o artigo por se sentir ameaçada durante a ação militar.
De acordo com o secretário-geral do grupo de países, a Otan não possui tropas no território ucraniano e não pretende enviá-las ao país. Apesar disso, a Organização ativou seus planos de defesa, que concedem autoridade aos comandos militares para movimentar tropas, com o objetivo de reforçar a defensa dos países membro da aliança. Uma cúpula de líderes da Otan deve ser realizada por conferência nesta sexta-feira, 25, para determinar as ações do grupo diante dos últimos acontecimentos. Ainda na coletiva de imprensa, Jens Stoltenberg classificou a ação russa de injustificável. Ele ainda responsabilizou os líderes russos por todas as mortes já registradas e as que venham ocorrer.
Jovem Pan