Em pronunciamento televisivo, realizado na tarde desta segunda-feira, 21, Vladimir Putin reconheceu a independência das regiões separatistas pró-russos, Donetsk e Lugansk. Pela manhã, Putin já tinha realizado uma reunião não programada do Conselho de Segurança para discutir a questão com outras 12 pessoas que compõem o Conselho. Na ocasião, ele disse que o futuro da Ucrânia seria decidido hoje. Durante o pronunciamento, Putin fez uma análise histórica sobre a fundação da Ucrânia e uma longa lista de críticas explicando do porque reconheceu a independência dos dois territórios.
Segundo o presidente russo, a Ucrânia não é uma nação de verdade, pois nunca teve uma tradição consistente. “Eles começaram a copiar modelos estrangeiros que estão enraizados em sua cultura e história, mas não ouviram os seus moradores, e só adotaram essas medidas para atender ao que o ocidente quer”, disse Putin. Ele ainda fez questão de dizer que os moradores de lá são russos ortodoxos que estão sofrendo com as ações ocidentais na região e que os estados independentes estão criando um peso para a Rússia.
Reação dos países ocidentais
Diante da decisão de Putin, os países do ocidente começaram a se posicionar. A União Europeia (UE) disse que vai aplicar sanções. Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse em seu twitter que o “reconhecimento de regiões separatistas é uma flagrante violação de direito internacional. A UE e seus aliados vão responder com unidade, firmeza e determinação em solidariedade com a Ucrânia”. O reconhecimento por parte da Rússia da independência das regiões separatistas da Ucrânia representaria uma ruptura unilateral dos acordos de Minsk de 2015. Antes do anúncio, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, fez uma convocação iminente do Conselho de Segurança e Defesa Nacional em meio a temores de uma invasão russa.
Jovem Pan