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Japão inicia pesquisa e desenvolvimento de fotossíntese artificial para reduzir emissões

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A fotossíntese artificial imita o processo natural usando energia solar para gerar hidrogênio de queima limpa O Japão está preparando as bases para um teste de campo maciço que contará com fotossíntese artificial, uma tecnologia emergente que deverá ser um divisor de águas no esforço global para reduzir as emissões de carbono.

A Universidade de Tóquio se unirá a empresas como Toyota Motor e Mitsubishi Chemical, além de instituições de pesquisa, para conduzir o projeto financiado pelo governo que testará a tecnologia em 2030. O objetivo é comercializar a tecnologia até 2040 com a adoção pelos fabricantes de produtos químicos.

A fotossíntese artificial imita o processo natural usando energia solar para gerar hidrogênio de queima limpa. O hidrogênio pode ser consumido como energia limpa ou combinado com dióxido de carbono para produzir produtos químicos industriais, como precursores de plástico, para eliminar a necessidade de produtos à base de petróleo.

O Japão lidera a fotossíntese artificial graças a patentes promissoras da tecnologia detidas por empresas e institutos de pesquisa nacionais.

A New Energy and Industrial Technology Development Organization (Nedo), uma instituição apoiada pelo Estado, gastará cerca de 30 bilhões de ienes (US$ 260 milhões) na próxima década apoiando o desenvolvimento. Isso é o dobro do apoio para um projeto semelhante realizado nos dez anos anteriores.

A pesquisa e o desenvolvimento deste projeto serão liderados pela Universidade de Tóquio e pela Associação Japonesa de Pesquisa Tecnológica de Processos Químicos Fotossintéticos Artificiais (ARPChem).

Empresas como a Mitsubishi Chemical, a Mitsui Chemicals e o grupo petrolífero Inpex são membros da ARPChem. Várias empresas fora do setor petroquímico, incluindo Toyota Motor e Nippon Steel, também se juntaram para contribuir com experiência.

Folhas fotocatalíticas

O projeto desenvolverá folhas fotocatalíticas capazes de dividir moléculas de água em hidrogênio e oxigênio usando a luz solar. As folhas serão aplicadas em painéis cheios de água para produzir hidrogênio, que pode ser usado como combustível ou combinado com dióxido de carbono para fazer produtos químicos.

O custo da instalação de painéis de fotossíntese é de aproximadamente 30 mil ienes por metro quadrado, o que é mais barato do que os aproximadamente 40 mil ienes dos painéis solares. Os painéis reduzirão as emissões de carbono japonesas em 13 milhões de toneladas em 2050 se a tecnologia for amplamente adotada, de acordo com estimativas da Nedo.

Para o experimento de demonstração, o objetivo é instalar painéis em um espaço que vai cobrir de alguns hectares a 100 hectares. O projeto anterior, que encerrou este ano fiscal, ocorreu em uma área externa de apenas 100 metros quadrados.

Outro objetivo é melhorar a taxa de eficiência de conversão de hidrogênio para 10%. O projeto anterior teve uma eficiência inferior a 1%. Os parceiros do projeto também estão trabalhando para desenvolver agentes catalíticos altamente eficientes que produzirão material plástico a partir de hidrogênio e dióxido de carbono.

Custos

O custo de fabricação de hidrogênio por meio da fotossíntese artificial será de 240 ienes por quilo até 2030, estimam os pesquisadores. Isso seria equivalente ou inferior ao custo de separar o hidrogênio do gás natural.

O hidrogênio por meio da fotossíntese artificial custaria menos do que a meta do governo de 330 ienes por quilo até o fim da década. Há planos para reduzir o custo para 170 ienes ou menos até 2050.

Fonte: Valor Invest

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