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UE, EUA e Reino Unido têm pacote robusto de sanções à Rússia, diz presidente da Comissão Europeia

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Ursula von der Leyen discursou na Conferência de Segurança de Munique (CSM) e afirmou que os russos terão seu acesso aos mercados financeiros e a produtos de alta tecnologia limitado Moscou terá seu acesso aos mercados financeiros e a produtos de alta tecnologia limitado por sanções ocidentais que estão sendo preparadas no caso de a Rússia atacar a Ucrânia, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia neste sábado (19), durante a Conferência de Segurança de Munique (CSM).

Os comentários de um dos principais nomes da União Europeia (UE) ocorrem em meio à intensificação das tensões sobre as intenções da Rússia em relação à Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, na sexta-feira (18), que estava convencido de que o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu invadir o país vizinho.

“O pensamento perigoso do Kremlin, que vem direto de um passado sombrio, pode custar à Rússia um futuro próspero”, disse von der Leyen na conferência, em que também falou a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

Von der Leyen disse que o braço executivo da UE desenvolveu um “pacote robusto e abrangente” de sanções financeiras com os EUA, Reino Unido e Canadá.

“Caso a Rússia ataque, limitaremos o acesso aos mercados financeiros para a economia russa e (imporemos) controles de exportação que impedirão a possibilidade de a Rússia modernizar e diversificar sua economia”, acrescentou. “Temos muitos produtos de alta tecnologia em que apresentamos domínio global, e que são absolutamente necessários para a Rússia e não podem ser substituídos facilmente.”

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, discursa na Conferência de Segurança de Munique (CSM) e fala sobre a crise geopolítica na Ucrânia

Michael Probst/AP

Alemanha

Já o primeiro-ministro alemão Olaf Scholz disse que, durante uma reunião de terça-feira (15) com Putin, ele "deixou claro que qualquer nova violação da integridade territorial da Ucrânia terá altos custos para a Rússia, político, econômico e geoestratégico".

“E, ao mesmo tempo, enfatizei que a diplomacia não falhará por nossa causa”, acrescentou Scholz.

Reino Unido

O premiê do Reino Unido, Boris Johnson, concedeu entrevista neste sábado na mesma conferência e deixou claro que sanções mais estratégicas estão previstas, caso haja uma invasão da Rússia à Ucrânia, relata o G1.

"Não devemos subestimar a gravidade do que está em jogo. Nós (principais países do Ocidente) nos unimos para criar um pacote de sanções muito severas. Estamos preparando por meio da União Europeia. Se a Rússia invadir seu vizinho, vamos fazer sanções a empresas importantes de lá. Faremos com que eles não tenham acesso a dinheiro, principalmente por meio do mercado de Londres", disse.

O chefe do governo britânico disse também que está pronto para defender a Ucrânia. "Estamos mandando navios, temos 2 mil soldados na Polônia e em outros países também. Além disso, aumentamos nossa presença no lado leste, principalmente no Chipre. Também temos mil soldados à disposição para agir se tiver necessidade humanitária", completou.

O premiê britânico ainda tentou tranquilizar o mundo dizendo que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não é uma ameaça à Rússia, como diz Putin. "Gostaria de pedir ao Kremlin que diminua as tensões. Todos aqui nessa conferência compartilham dessa ideia. Ainda podemos conversar. Estamos dispostos a trabalhar e mostrar ao presidente Putin a segurança que ele precisa", afirmou.

Cruzar a linha

Os líderes ocidentais, até agora, não especificaram qual ação precisa da Rússia desencadearia sanções. Uma autoridade francesa que falou sob condição de anonimato, depois que Biden conversou com vários colegas na sexta-feira, disse que estava se falando sobre uma invasão de território atualmente sob controle do governo em Kiev.

"É no caso de uma invasão deste território que... as sanções massivas de que estamos falando seriam desencadeadas", disse o funcionário.

Partes do leste da Ucrânia estão sob o controle de separatistas pró-Rússia que lutam contra as forças ucranianas desde 2014, ano em que a Rússia anexou a Península da Crimeia na Ucrânia.

“Uma violação da integridade e soberania da Ucrânia é uma violação da integridade e soberania da Ucrânia”, disse Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha. “Você não pode dizer que uma parte geográfica é um pouco mais Ucrânia e outra é um pouco menos Ucrânia.”

Ela disse que as autoridades ocidentais deixaram claro que uma invasão real não é o único cenário possível, mas “estão preparadas para todas as situações”. Usando uma analogia com o xadrez, a ministra alemã disse: “Se você apresentar seus próximos cinco lances em público, não será particularmente bem-sucedido”.

Fonte: Valor Invest

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