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Alto de Pinheiros ganha novos e luxuosos empreendimentos

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Alamedas arborizadas, alta gastronomia, rede de serviços e novos condomínios horizontais valorizam ainda mais o tradicional bairro na Zona Oeste paulistana Um dos bairros mais antigos de São Paulo tem sido revisitado pelas incorporadoras na última década e ganhado novos e luxuosos empreendimentos imobiliários. Alto de Pinheiros sempre foi considerado nobre, mas agora ganhou status de sofisticado e cool por conta de toda a infraestrutura urbana, rede de serviços e qualidade de vida que oferece.

O que melhor reflete esse momento do bairro é o corredor da Avenida Fonseca Rodrigues, uma extensão da Avenida Pedroso de Moraes, que começa na Praça Panamericana e termina no Parque Villa-Lobos. Ali, o casario modernista de outrora tem cedido espaço a condomínios horizontais de altíssimo padrão. São conjuntos de poucas e espaçosas casas, dispostas em terrenos com ampla frente e sob a sombra das muitas árvores que ladeiam a avenida.

São lotes de grandes dimensões, que sediavam casas de famílias tradicionais da cidade. Posteriormente, foram ocupados por grandes empresas privadas e, agora, transformam-se em condomínios fechados e muito sofisticados. Entre os lançamentos mais recentes está o Casa Milano, da incorporadora RFM. O condomínio terá 17 casas de alto padrão com áreas entre 424 e 672 metros quadrados — 65% das unidades já foram vendidas.

Outros empreendimentos horizontais relevantes do bairro são o Ubá, da incorporadora Idea!Zarvos; Sereno e Flora House & Garden, ambos da Alfa Realty Incorporadora; e Praça Beethoven, da EPM. O preço médio das residências está em torno de R$ 7 milhões.

A valorização desses empreendimentos deve-se também aos limites impostos pelo novo zoneamento local, que impede a construção de edifícios mais altos. “Não fosse isso, certamente haveria mais prédios no bairro, porque há bastante demanda”, afirma Marco Túlio, CEO da Esquema Imóveis. “Isso tem feito com que o miolo de Alto de Pinheiros se valorize. Há poucos anos, o metro quadrado ali custava R$ 3 mil. Hoje, não sai por menos de R$ 5 mil”, explica.

URBANISMO EUROPEU

Plano em quase toda a sua extensão e muito arborizado — algumas de suas ruas chegam a ter 46% de cobertura verde, de acordo com um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), divulgado em 2017 —, o bairro é um convite a caminhadas e passeios de bicicleta. Mas isso não é obra do acaso: toda essa facilidade para locomoção, com avenidas largas e boa distribuição do tráfego, deve-se à empresa fundadora do bairro, a Cia. City.

Em meados dos anos 1920, a empresa com sede em Londres, que tinha adquirido uma década antes diversos sítios e chácaras vazias ao longo da margem do Rio Pinheiros, transformou a área em um grande loteamento planejado, com ruas amplas, áreas verdes, praças, canteiros e passeios já predefinidos. O resultado é o que se vê hoje: um dos melhores índices de qualidade de vida da cidade.

No início dos anos 2000, o Alto de Pinheiros ganhou ainda mais valor com a implantação de uma extensa malha de ciclovias, que conecta o bairro ao eixo financeiro da Faria Lima. A proximidade com as empresas no Itaim e na Vila Olímpia — distantes pouco mais de três quilômetros — é um dos atributos do local, atraindo profissionais que preferem morar em um lugar mais sossegado e ir para o trabalho de bicicleta ou de patinete.

Infraestrutura privilegiada atrai famílias de alta renda

O antigo bairro oferece ensino de qualidade em colégios tradicionais e segurança, além de um shopping center sofisticado e um parque público

Com ótimos bares e restaurantes, Alto de Pinheiros vem se tornando uma referência gastronômica

EDILSON DANTAS/AGÊNCIA O GLOBO

Outro charme do bairro são os ótimos bares e restaurantes localizados, em sua maioria, na divisa entre Alto de Pinheiros e Pinheiros, nas ruas Ferreira de Araújo e Costa Carvalho. Essa oferta tem rendido o apelido de “o novo Jardins”, reconhecido por suas famosas opções gastronômicas.

Não bastasse o apelo gourmet, Alto de Pinheiros concentra farta gama de serviços, alguns dos colégios mais tradicionais da cidade, um shopping center para público de alta renda e um parque público, o Villa-Lobos. São motivos de sobra para tornar o bairro um dos primeiros na lista de famílias paulistanas que buscam infraestrutura urbana privilegiada, segurança e acesso à rede de consumo — fatores que elevam o custo do metro quadrado do bairro, dependendo de sua localização, a R$ 30 mil em muitos casos — ante a média de R$ 14 mil, segundo a Fipe/ZAP.

Na cobiçada esquina das ruas Vupabussu e Natingui, por exemplo, a Fraiha Incorporadora lançou o San Paolo Alto de Pinheiros. Em pouco mais de 90 dias de seu lançamento, cerca de 40% das 58 unidades de 277 e 342 metros quadrados, distribuídas em 34 andares, foram vendidas. Próximo a ele, na Avenida Professor Frederico Hermann Junior, os poucos edifícios já existentes têm apartamentos negociados em torno de R$ 8,5 milhões.

“Além de o local estar se tornando uma referência gastronômica, o fato de estar perto da Faria Lima e do Largo da Batata — que teve a sua revitalização reforçada pelo icônico Faria Lima Plaza — aumentou muito a atratividade da região do Alto de Pinheiros”, afirma Marcelo Fraiha, sócio fundador da incorporadora que leva seu sobrenome.

Fonte: Valor Invest

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