A União Europeia criticou o atraso na entrega de vacina da AstraZeneca e pediu transparência ao laboratório. A previsão no velho continente era vacinar 70% dos europeus até o final do verão, em agosto. Entretanto, os problemas na entrega dos imunizantes já levantam dúvidas sobre o cumprimento do cronograma. A comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, apelou por transparência nas exportações para o bloco e acrescentou que a demora é inaceitável. Kyriakides quer saber quantas doses foram produzidas, onde e a quem foram entregues, porque, segundo ela, as respostas não têm sido satisfatórias.
Na última sexta-feira, 22, o laboratório da AstraZeneca informou que as entregas da vacina, desenvolvida em parceria com a universidade de Oxford, aos países europeus serão menores do que o esperado devido a uma queda de desempenho em uma das fábricas. A Comissão Europeia reservou inicialmente cerca de 400 milhões de doses do imunizante. O anúncio aconteceu uma semana após o grupo americano Pfizer informar que suas vacinas, desenvolvidas em conjunto com a BioNTech e produzidas em uma fábrica na Bélgica, também vão atrasar.
A União Europeia já autorizou os compostos da Pzifer/BioNTech e Moderna para imunização e espera aprovar a vacina da AstraZeneca ainda nesta semana. O bloco europeu já assinou seis contratos com empresas farmacêuticas e está em negociação com outras duas para garantir total de 2,5 bilhões de doses potenciais, e quer que as pré-pagas e encomendadas sejam entregues o mais rápido possível. A morosidade coloca xeque o ritmo da campanha de vacinação europeia, já criticado por vários países por sua falta de agilidade.
*Com informações do repórter Daniel Lian
Fonte: Jovem Pan