Redes sociais ou campanhas audiovisuais. Essas são duas ferramentas, que em todo o mundo, tem ajudado a eleger novos políticos ou proporcionar que políticos tradicionais tenham ainda mais aceitação e se comuniquem muito mais rápido com seus eleitores.
Em Alagoas tais ferramentas só têm crescido e do mesmo jeito que em outras cidades também tem garantido as eleições de muitos novos ou velhos políticos, que aceitaram trocar o tradicional "pé na estrada" para chegar mais rápido ao eleitorado.
Faltando dez meses para as eleições de outubro, se multiplicam a cada dia os propensos nomes que devem disputar uma das cadeiras para a Assembleia Legislativa, Câmara Federal e o Senado.
Pesquisas e mais pesquisas norteiam os candidatos a tomarem decisões. Chama a atenção que essas pesquisas têm mostrado para os partidos que nas redes sociais nomes conhecidos na política começam a ficar para trás, dando lugar a novos e propensos candidatos. Já nas ruas é a surda campanha de adesivos que tem mostrado – embora não seja garantida – uma tendência de se mudar o tradicional.
Destaca-se – e isso vem desde a última eleição de 2018 – a Segurança Pública, quando Alagoas elegeu o estreante e policial militar Luiz Alberto Alves Teixeira, o Cabo Bebeto (PTC), com 31.573 votos.
Na sequência, na eleição mais recente, foi a vez dos maceioenses elegerem o delegado da Polícia Civil Fábio Costa, (PSB), com 12.038 votos, sendo o vereador mais votado da atual legislatura.
E qual a lição entre as duas candidaturas? Tanto Cabo Bebeto quanto Fábio Costa entenderam que as redes sociais os levariam para uma espontânea campanha audiovisual.
E a metamorfose no marketing político não tem parado. Outros fortes nomes começaram a surgir e mostrar força.
Um dos nomes que tem "pontuado" para cima no audiovisual é do tenente-coronel Rocha Lima, o RL. Em bairros da parte alta de Maceió e em cidades do Agreste e do litoral tem se encontrado facilmente seus adesivos em carros ou nas faixadas de residências.
Sua ascensão já despertou a cúpula de alguns partidos, que vendo a campanha espontânea nas ruas o convidam para uma filiação, o credenciando para disputar uma das cadeiras da casa de Tavares Bastos ou até para federal.
Mas o oficial não se decidiu. Para todos tem afirmado que tudo começou durante um momento de injustiça o qual foi vítima.
"Fico muito feliz com essa aceitação por parte do povo. Tudo teve início durante minha injusta prisão. Muita gente despertou para o ato de cerceamento imposto a mim. Foi daí que um grupo de amigos criou adesivos com a frase "Rocha Lima é inocente" e um foi passando para o outro, tomando as ruas. A partir daí algumas pessoas se sentiram representadas por mim, pessoas, em sua grande maioria, que eu não conheço", afirma o oficial.
"Com a minha liberdade, concedida pela Justiça de Alagoas, vi a minha obrigação de ir as redes sociais e agradecer a quem orou e lutou por mim. Foi outra parte importante nesse percurso. Quando despertei, estava envolvido em diversos grupos de redes sociais, conversando com quem nunca vi, trocando ideias, participando de lives e por causa disso muitos começaram a lançar espontaneamente meu nome na política, sendo criado os adesivos com as iniciais de meu nome, o RL", confirma Rocha Lima.
"Digo mais uma vez: a grande maioria das pessoas que vem usando os adesivos com minhas iniciais eu não conheço. Não tem nada certo e nem mesmo eu estou decidido. Tenho conversado com minha família e os amigos. É uma decisão muito importante e muito particular. Confesso que tenho sido surpreendido com os convites de muitos deputados e presidentes de partidos para conversar e expor meus pensamentos. Tenho recebido convites de filiação, mas, como já disse, é tudo muito novo e não posso tomar essa decisão sozinho. De coração, agradeço a todos por esses adesivos e por deixarem, mesmo que de forma não presencial, eu chegar aos lares deles. É a prova que o povo de Alagoas quer mudanças e que meu trabalho é lembrado. Fico muito feliz", desconcerta o tenente-coronel Rocha Lima.