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Necessidade líquida de financiamento caiu R$ 263 bi em 2021 em relação ao projetado, diz Tesouro

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Conforme explicou o subsecretário da Dívida Pública, Otávio Ladeira, o projetado era de R$ 1,674 trilhão e o realizado foi R$ 1,416 trilhão, impulsionado pela arrecadação maior que era esperado O subsecretário da Dívida Pública, Otávio Ladeira, afirmou nesta quarta-feira, que a necessidade de financiamento caiu R$ 263 bilhões em 2021 em relação ao projetado. O projetado era de R$ 1,674 trilhão e o realizado foi R$ 1,416 trilhão.

Segundo o secretário, essa diferença aconteceu em função da arrecadação que ficou aproximadamente R$ 270 bilhões acima do que era esperado. Ele ressaltou que a taxa de rolagem tem ficado dentro da média histórica de 115%. Ele explicou que isso vem acontecendo depois que o país começou a registrar déficit primário.

Ladeira também destacou que o governo em 2020 emitiu R$ 777,5 bilhões, sendo R$ 300 bilhões de curtíssimo prazo, que venceu em 2021, para levantar recursos para enfrentamento da pandemia. “Em 2022, não precisamos desses recursos e reduzimos consideravelmente LTN de curto prazo melhorando estrutura de vencimentos da dívida pública por decisão estratégica de não emitir LTN de curto prazo”, frisou.

Colchão de liquidez

Ladeira explicou que o Tesouro fechou o ano de 2021 com um colchão liquidez suficiente para cobrir algo em torno de 10 meses de vencimento. “Estamos falando de um caixa que termina 2021 em R$ 1,2 trilhão, possivelmente o maior número em termos reais.”

Ladeira disse ainda que são esperados para os próximos três anos vencimentos superiores a R$ 1 trilhão. “É um caixa importante”, destacou. O subsecretário destacou também que houve um efeito importante de alongamento da dívida em 2021 e o efeito colateral é a redução da participação dos títulos prefixados. Ele ressaltou também que houve pequena mudança marginal nos detentores da dívida.

Na apresentação do Plano Anual de Financiamento (PAF), o Tesouro ressalta que a posição significativa de caixa traz graus de liberdade para a gestão da dívida em 2022. Os fatores que impactaram positivamente a reserva de liquidez (caixa) em 2021: menor necessidade de financiamento; a melhora na arrecadação primária, que gerou menor pressão sobre o caixa da dívida; desvinculação de fundos que trouxe R$ 166 bilhões para financiar o serviço da DPF, e manutenção da estratégia de refinanciamento acima de 100%.

Restruturações

Ladeira informou que o resultado do historico de reestruturac?o?es de divida e honras de garantias dos entes subnacionais gerou um impacto de R$ 68,3 bilho?es em 2021, dos quais R$ 58,9 bilho?es correspondem a receitas reduzidas e R$ 9,4 bilho?es a despesas com honras de aval. O impacto total acumulado da estruturação de dívida de Estados e municípios ao longo de dez anos deve chegar a R$ 568 bilhões.

Considerando a redução das receitas, o impacto total está calculado em R$ 484 bilhões ao longo de dez anos. Segundo o Tesouro, menores receitas representam um obstaculo para a capacidade do Tesouro de diminuir a Divida Publica Federal.

Alta dos não residentes

Ladeira destacou que houve uma mudança marginal dos detentores da dívida, ressaltando a participação dos não residentes que passou de 9,2% para 10,6% na comparação entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021.

“Não residentes vinham reduzindo participação desde 2015, foi o primeiro ano que teve alta [em 2021]”, afirmou. Ele disse ainda que a volatilidade do custo do estoque “tende a se reduzir à medida que distribuímos melhor a dívida”.

Subsecretário da Dívida Pública, Otávio Ladeira

Foto: Sergio Amaral/Ministério da Economia

Fonte: Valor Invest

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