O Brasil registrou nesta terça-feira, 18, um alarmante recorde na pandemia da Covid-19. Segundo o Consórcio Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média móvel de 83.205 infecções é a maior desde que órgãos de Saúde de todas as unidades federativas do Brasil começaram a contabilizar os números da pandemia, em 22 de março de 2020. A explosão de casos tem a ver com o avanço da variante Ômicron, muito mais contagiosa, de acordo com infectologistas de todo o mundo. A preocupação fez com que o Tribunal de Justiça de São Paulo impedisse uma greve de médicos da rede municipal da capital paulista.
O recorde anterior havia sido registrado em 24 de junho do ano passado, com média de 77.265 infecções nos últimos sete dias. Além disso, o país registrou 137 mil novos casos de Covid-19 — segunda maior marca da pandemia, atrás de 150 mil casos em 18 de setembro de 2021 — e chegou a 23.211.894 no total. Se há preocupação com o avanço do número de casos, ao menos as mortes não acompanham o ritmo. Foram registrados 351 óbitos nas últimas 48 horas (chegando a um total de 621.517), com média móvel de 183.
A explosão de contágios decorrente do avanço da Ômicron lotou hospitais em todo o Brasil e fez com que Estados e municípios resgatassem algumas medidas de restrição. O governo de São Paulo, por exemplo, decidiu limitar em 70% o público em eventos de grande porte, como jogos de futebol e o desfile de Carnaval no Anhembi. Na última quarta-feira, a Fiocruz alertou para o aumento de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS). Pernambuco (82%), Distrito Federal (74%), Espírito Santo (71%), Pará (71%), Ceará (68%), Goiás (67%), Piauí (66%), Bahia (63%), Tocantins (61%) registraram níveis alarmantes de leitos ocupados. Em meio a isso, o país deu início na sexta-feira, em São Paulo, à vacinação de crianças entre 5 e 11 anos.
Fonte: Jovem Pan