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Teste de covid-19: qual exame fazer, quando e por que?

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Antes de buscar farmácias ou laboratórios, vale a pena entender os diferentes tipos de exames e como agir em determinadas situações Diante do ressurgimento da pandemia de covid-19 devido à variante ômicron, aparentemente menos severa, porém mais transmissível que as cepas anteriores, aumentou a procura por testes que identificam a presença do vírus no corpo. Antes de buscar farmácias ou laboratórios, vale a pena entender os diferentes tipos de exames e como agir em determinadas situações.

Quais são os testes que detectam a covid?

Conforme explica o pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da USP e virologista da rede de laboratórios Dasa, José Eduardo Levi, há dois grupos de testes que detectam a doença: os testes de antígeno, conhecidos como “testes rápidos” em que os resultados saem entre 15 e 40 minutos, e os testes moleculares, dos quais o mais conhecido é o RT-PCR. Há ainda o PCR-Lamp, mais comum nas farmácias, mas que passa por um diagnóstico na central de um laboratório.

Mais recentemente, laboratórios também têm oferecido exames PCR que investigam simultaneamente a presença de covid-19, influenza e vírus sincicial respiratório.

Habitualmente também se fala sobre o teste de sorologia, que se dá por meio de uma coleta de sangue. É importante notar que este exame identifica se a pessoa já foi contaminada pela covid-19 no passado e se possui anticorpos, mas ele não é útil para detectar a doença no momento do teste.

Qual a diferença entre os testes?

O RT-PCR é o que apresenta a maior “sensibilidade”, termo técnico utilizado pelos especialistas que pode ser interpretado de maneira abrangente como a eficácia na detecção da doença. Ou seja, ao fazer o RT-PCR, a chance de o vírus ser identificado, caso ele esteja presente no corpo do paciente, é de 80% a 90%, segundo Levi.

Essa taxa diminui um pouco com o PCR-Lamp, o das farmácias, e cai para uma faixa de 60% a 70% nos testes de antígeno.

Todos eles são realizados por meio da introdução de um “swab”, uma espécie de cotonete grande, no nariz. Alguns lugares fazem pela saliva, o que também funciona.

Qual é o melhor?

Embora o RT-PCR apresente a maior “sensibilidade”, é a circunstância que determina qual é o melhor teste a se fazer.

“O PCR é o "padrão-ouro, mas o resultado pode demorar até 48 horas para sair. Se a pessoa for ficar em isolamento, ok, mas se quer fazer o teste para ir a uma reunião, por exemplo, o que adianta esperar dois dias”, pondera o virologista da Dasa. “O teste de antígeno é uma alternativa viável para quem precisa privilegiar o tempo do resultado, que é praticamente imediato, ao invés de ter que aguardar o o PCR. É a circunstância que define qual é o melhor teste a se fazer em cada momento., inclusive para o bolso”, acrescenta.

Como observa o médico-infectologista Marcelo Daher, o teste de antígeno é mais barato e mais rápido. “Tem uma "sensibilidade" menor, mas é muito útil”, diz.

Qual é o valor?

O RT-PCR é o mais caro e custa, na média, entre R$ 200 a R$ 400 e os antígenos costumam ser encontrados em uma faixa de R$ 100 a R$ 200.

Na Europa e na América do Norte, existem autotestes em vitro a preços mais acessíveis que são vendidos em farmácias e até supermercados. São teste de antígeno e o preço varia de 5 a 40 reais. A opção ainda não está disponível no Brasil e aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Qual o melhor momento de se fazer o teste?

“Para quem sentiu sintomas, já pode fazer. Não precisa ficar esperando”, informa Levi. “Até porque para a questão clínica, de controle da doença, quanto antes souber, melhor”.

Quais os sintomas?

Além da falta de ar, que pode sinalizar casos mais graves, é importante observar febre, tosse, cansaço, perda de paladar ou olfato, dor de garganta, dor de cabeça, dor no corpo, diarreia e irritação na pele ou nos olhos.

“Pode fazer já a partir das primeiras 24 horas do início dos sintomas”, indica Daher.

Não estou com sintomas, mas tive contato com pessoas que testaram positivo?

Nestes casos, os especialistas recomendam que se faça o exame entre três e cinco dias a partir do momento em que a pessoa acha que pode ter sido contaminada.

Tenho sintoma e o resultado deu negativo...

Repita o exame. Se possível, busque laboratórios que ofereçam o PCR que investiga tanto a covid quanto o influenza para ter um diagnóstico mais preciso.

“Nessa época que estamos agora, estamos vendo uma circulação simultânea de influenza e covid, com sintomas parecidos. O ideal é fazer o que chamam de painel viral, colher material para buscar qual é o vírus”, sugere o infectologista Marcelo Daher.

O teste PCR e o antígeno apresentaram resultados diferentes. O que fazer?

Pode acontecer, e não tem nada errado com isso, do teste rápido dar negativo e o PCR dar positivo, devido a "sensibilidade" maior do PCR. "O contrário é que não deve acontecer. A gente tende a não esperar que uma pessoa tenha antígeno positivo e o PCR negativo. Isso não faz sentido. Nesses casos, pode ter havido erro de coleta, erro de processamento. Se isso ocorrer, a recomendação é fazer mais um PCR”, diz Levi, virologista da Dasa. Ele reitera que isso ocorre porque o PCR tem confiabilidade maior nos resultados. Portanto, não faz sentido o vírus ser encontrado no teste de antígeno e não no RT-PCR.

O que fazer caso não consiga realizar o teste?

A recomendação, nestes casos, é supor que está com covid e tomar as precauções. “Usar máscara o tempo todo, manter-se afastado das outras pessoas e cuidados especiais com as pessoas mais vulneráveis como os idosos, mesmo vacinados, e com comorbidades. Está com suspeita, mantenha distância e não tire a máscara”, propõe Levi.

Pixabay

Fonte: Valor Invest

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