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Márcio França diz ser alvo de uma operação de "cunho político eleitoral"

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Polícia Civil cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão em endereços ligados França Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-governador Márcio França (PSB) disse ter sido alvo de uma operação “política”, de “cunho político eleitoral” e com “abuso de poder político”. Nesta quarta-feira, a Polícia Civil de São Paulo cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão em endereços ligados França, em uma investigação que apura um suposto esquema criminoso de desvio de recursos da área da saúde.

“Começaram as eleições 2022”, disse o ex-governador em nota à imprensa. “Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas "autoridades", com "medo de perder as eleições", tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa”, afirmou. “Essa é uma operação política e não policial. Ela é, evidentemente, de cunho político eleitoral.”

A investigação da Polícia Civil apura os crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. No suposto esquema investigado, Organizações Sociais (OSs) teriam sido usadas para desvios de recursos mediante contratos superfaturados para gestão de unidades de saúde durante a gestão de França no governo paulista.

Marcio Franca

Silvia Zamboni/Valor

Eleito vice de Geraldo Alckmin em 2014, Márcio França assumiu o governo no início de 2018, quando Alckmin, então no PSDB, deixou o cargo para concorrer à Presidência. Como governador, França concorreu à reeleição e foi ao segundo turno contra João Doria (PSDB), que acabou eleito.

Irmão do ex-governador, o médico Cláudio França é outro alvo da operação da Polícia Civil, que foi desencadeada em ao menos 30 locais da capital, litoral e interior em endereços da família França e de ex-funcionários de organizações sociais, empresários e médicos.

França disse que não tem qualquer tipo de relação “comercial ou advocatícia” com os alvos da investigação da Polícia Civil paulista.

“É lamentável que se comece uma eleição para o Governo de SP com estas cenas de abuso de poder político”, afirmou em nota. “Eu não sou alvo de nenhuma operação, pois sou advogado particular, não tenho relações nem vínculo com serviços públicos. Não tenho relação com a área médica ou de saúde.”

As investigações que colocam Márcio França sob suspeita de participação em uma organização criminosa são um desdobramento da operação Raio-X, desencadeada em setembro de 2020, quando foram expedidos pela Justiça 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão. Há a suspeita de que o grupo teria desviado mais de R$ 500 milhões de recursos públicos.

Eleições

Pré-candidato em São Paulo, França e o PSB tentam convencer o PT a retirar a pré-candidatura de Fernando Haddad para apoiá-lo. O ex-governador, dirigente do PSB, é um dos principais articuladores de uma composição entre PT e PSB para disputar a eleição presidencial neste ano e negocia a filiação do ex-governador Alckmin a seu partido, para ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Com Folhapress)

Fonte: Valor Invest

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