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Alagoas

Associação oferta apoio a mulher que denunciou ter sido estuprada após ser dopada em bar na Ponta Verde

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A Associação AME, entidade que dar assistência jurídica a mulheres vítimas de violência em Alagoas, manifestou-se e ofertou apoio a influencer digital, Eduarda Martins. Eduarda denunciou em suas redes sociais que foi dopada e estuprada por um homem no dia 30 de dezembro.

A presidente da AME, Júlia Nunes, ofereceu assistência à mulher após diversos comentários nas redes sociais criticarem a influencer digital. A advogada cita, por exemplo, um dos comentários em que sugere que a denunciante estava bêbada.

"Nós tomamos conhecimento sim do caso da Eduarda. Estamos tomando todas as medidas cabíveis, possíveis e imagináveis, e não aceitamos em momento nenhum qualquer tipo de crítica, muito menos esses palavreados horríveis que estão sendo usados. Esse negócio de c... de bêbado não tem dono, não existe aqui. Porque não existiu nenhuma bêbada", expõe a advogada e presidente da Associação.

Ela explica que, mesmo que a influencer estivesse bêbada, isso não justifica o estupro, já que a legislação prevê, que ninguém pode ter a intimidade violência, inclusive se a vítima estiver "fora de si por qualquer motivo", caracterizando estupro de vulnerável em casos em que a pessoa esteja bêbada, por exemplo.

"E mais importante do que isso, a legislação protege, qualquer pessoa, seja ela mulher ou homem, que esteja fora de si por qualquer motivo e tenha a sua intimidade violada. Quem fala e escreve o que quer responde e responde juridicamente de dentro de uma delegacia", afirma.

Entenda o caso

Nas redes sociais, a influencer Eduarda Martins relatou que tinha ido a um bar com um homem, morador de Brasília, e que foi dopada por ele, levada para um apartamento. Ela afirma apagou pela tarde e acordou somente na madrugada no sofá do homem.

"Quando cheguei em casa e me dei conta que estava sem calcinha, foi um momento que eu me senti nojenta, eu me senti como se meu corpo tivesse sido invadido. Inclusive, havia lesões nas regiões íntimas. Quando eu deito na cama, sinto como se fosse ele por cima de mim", disse Eduarda.

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