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Em pesquisa da Kenoby com 300 profissionais, um quinto afirmou que área de recursos humanos de sua organização não utiliza tecnologia ou automação no dia a dia A despeito da digitalização de processos de seleção, contratação e integração que o setor de recursos humanos (RH) precisou colocar em prática com o trabalho remoto na pandemia, 2020 não foi um ano em que a área incorporou de vez a adoção de novas tecnologias. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa realizada pela plataforma Kenoby, no mês de dezembro A pesquisa ouviu 300 profissionais, sendo 21% deles de empresas de 100 a 500 funcionários e 19% de 1.000 a 5.000 funcionários. Um quinto do total disse que o RH de sua organização não utiliza nenhuma tecnologia ou automação no dia a dia ou para gestão de processos. A maioria (60%) disse que suas empresas possuem um RH "mais ou menos tecnológico ou automatizado". O que, segundo Felipe Sobral, diretor de marketing da Kenoby, significa que a área adota uma ou poucas ferramentas para tocar os processos e a gestão de pessoas. Apenas 19,7% definiram que a área é totalmente tecnológica. "No cenário geral das empresas brasileiras, vemos ainda um RH que investe pouco em ferramentas digitais, percebe pouco a importância de usá-la e está com pouca tecnologia no momento atual", disse Sobral. Para o executivo, há dois motivos principais para esse cenário - e um deles antecede a adoção da tecnologia em si. "Há ainda uma dificuldade da área ser vista dentro da empresa como parceira estratégica, e não como apoio operacional." O segundo motivo é conseguir orçamento para investir em novas ferramentas e, na ponta, estimular a adoção interna. Quando questionados sobre investimento para aplicar tecnologia na área, 38,8% dos entrevistados disseram que suas empresas ainda estão analisando a possibilidade e 15,4% afirmaram que esta não é uma prioridade. O restante, porém, disse que já tem um planejamento para fazê-lo neste ano. Mais de 70% do total afirmou que implementar novas tecnologias em recursos humanos não é prioridade ou é uma diretriz pouco atendida pelo departamento de TI das empresas.Considerando o que gostariam de melhorar em suas empresas em 2021, 16,4% dos profissionais entrevistados citaram "medir e melhorar a experiência do funcionário" e 13,6% falaram em avaliações de desempenho. Mais de 12,5% comentaram sobre a necessidade de integrar os softwares de RH da empresa e, o mesmo percentual, falou em melhorar os processos de admissão digital. Cerca de 20% citaram ainda a necessidade de oferecer parcerias e benefícios inteligentes e de forma flexível aos funcionários.No fim de setembro, uma pesquisa com executivos de 79 empresas, sendo 40% deles C-Level, indicou que a avaliação do setor durante a pandemia é positiva. Para mais de 75% dos entrevistados, o RH reagiu bem, atuando de forma pró-ativa, trabalhando pelo bem-estar das pessoas e criando canais de suporte.As profissões em alta em 2021