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Presidente do Senado defende diretores da Anvisa e diz que ameaças são "inaceitáveis"

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), saiu em defesa dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira (20), ao comentar as ameaças contra os servidores e colaboradores da instituição. Segundo ele, "é lamentável" que a politização de questões de saúde tenha levado a esse tipo de episódio, sendo "inaceitável qualquer intimidação ou ameaça" à autarquia e a seus membros.

Ataques contra os diretores se intensificaram após a reunião em que a entidade autorizou o uso de doses pediátricas da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Poucas horas depois, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez discurso em tom intimidatório para questionar a decisão da agência.

“Gostaria, em nome da presidência do Senado Federal, de me solidarizar com todos os colaboradores, diretores e servidores da Anvisa, na pessoa do seu presidente almirante (Antonio) Barra Torres, porque é inaceitável qualquer intimidação ou ameaça em função de decisões que são tomadas livre e autonomamente por uma agência reguladora, a partir de critérios técnicos e científicos, a partir de processos que são por eles conhecidos, e decisões que são tomadas à luz dessa técnica", comentou Pacheco.

Pacheco: "É lamentável que haja esse tipo de politização capaz até de levar a discussão às raias de intimidações e ameaças desse tipo"

Jefferson Rudy/Agência Senado

Ele também defendeu que a Anvisa continue a se basear em "critérios técnicos" e "científicos". "É lamentável que haja esse tipo de politização capaz até de levar a discussão às raias de intimidações e ameaças desse tipo", disse.

"Isso é intolerável, tem a solidariedade e o apoio irrestrito do Senado Federal para fazer enfrentamento que precisa ser feito dessa pandemia, e a Anvisa é fundamental que o faça a partir de critérios técnicos, científicos, e não por qualquer outro motivo. Portanto, minha solidariedade à Anvisa e a todos os seus colaboradores na pessoa de seu presidente, que tem conduzido muito bem a Anvisa, o almirante Barra Torres”, complementou.

Alinhado com Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nessa segunda (20) que o prazo de 5 janeiro para decidir sobre vacinação de crianças de 5 a 11 anos está mantido e que "a pressa é inimiga da perfeição". "A pressa é inimiga da perfeição. Principal é a segurança", disse Queiroga a jornalistas, em frente ao Ministério da Saúde, ao ser questionado se não seria possível antecipar o processo para as últimas semanas deste ano.

"No ano de 2021, considerando o pico, onde teve 4.000 óbitos, crianças de 5 a 11 anos [foram] menos de 150 óbitos. Não que eu esteja menosprezando, cada vida é importante", prosseguiu.

Fonte: Valor Invest

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