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Política

"Não abro mão do partido para Bolsonaro", diz presidente do Republicanos

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O Republicanos pode ser considerado de direita, ocupando um lugar que, inicialmente, se esperava para o PSL, antigo partido do presidente Bolsonaro?

Somos um partido que se posiciona como centro-direita, um pouco mais para a direita. Mas não pode ser jamais, em tempo algum (bate na mesa para reforçar), um partido radical, de extrema direita. Obviamente, se eu tenho dois filhos do presidente, isso leva mais um pouquinho para a direita, mas tenho pessoas que são mais progressistas e isso traz equilíbrio. Até porque os filhos do presidente, eu não tenho dúvida, estão de passagem pelo partido, por um pragmatismo local.

Não se trata de um convite. É público e notório que eles estão tentando viabilizar um partido. Se viabilizarem, vão para lá. E, se não viabilizarem, a tendência é que acompanhem o pai no partido que ele for.

Nunca discutimos isso com o presidente nem com ninguém do entorno dele.

O partido tem vontade de ter um presidente da República, mas não necessariamente o Bolsonaro. Um dia, quem sabe.

Teríamos de avaliar. Em 2017, conversei com o presidente quatro vezes porque o PRB (antigo nome do Republicanos), à época, era uma opção para ele. Alguns no partido foram entusiastas, outros, refratários. Se a condição (para entrar) for ele ter o comando do partido, não virá para o Republicanos, porque eu não abro mão do comando do partido para ninguém, nem para o presidente da República.

O principal empecilho passa por essa questão de eles quererem comandar o partido do jeito deles, vetar pessoas. Não vetamos ninguém.

Dos 32 deputados, 14 são da Igreja Universal, 18 não são. Não trato de religião dentro do partido. Por isso também ele cresceu. Dos mais de 2.600 vereadores eleitos neste ano, 300 são da Universal, o resto não é. Dos 211 prefeitos, nenhum é a da Universal. Das cinco cidades que estamos disputando o segundo turno, a única que tem relação com a igreja é o Rio de Janeiro, com o Crivella (Marcelo Crivella, prefeito do Rio, que concorre à reeleição).

Acho que não. Acho que o apoio do presidente não prejudicou nem ajudou. Mostrou um histórico que não é bom, mas que se repetiu pela terceira vez. Um histórico de que a população não quer o Celso Russomanno prefeito de São Paulo. É simples assim.

O que ele tem dito para mim é que, mesmo que o Supremo Tribunal Federal lhe dê o direito de se candidatar, ele não exercerá esse direito. Quero acreditar na palavra dele.

Se ele mudar de opinião, eu teria de conversar com a bancada. Vai ser muito ruim para a biografia dele. Ninguém tem dúvida no meio político de que Maia, saindo da presidência em 31 de janeiro, sairá gigante, infinitamente maior do que entrou.

Está colocada a pré-candidatura. Estamos reunindo um grupo, que envolve esse centro independente. Não é uma candidatura contra o Bolsonaro, é a favor da Câmara dos Deputados e da independência dos Poderes. Nos próximos dez dias, vamos decidir o nome mais viável.

Estamos ainda nessa fase de elaborar os critérios para afunilar de seis para dois e depois para um. Mas é óbvio que a boa relação com a oposição e o diálogo é fundamental. Já conversei com todos, que reconhecem minha imparcialidade, independência e urbanidade. Seja do governo, seja da oposição.

O DEM, o MDB, o PSDB e o Cidadania são do grupo original. Os que deverão vir são Republicanos e PSL, além de PROS e PTB, que dizem que deverão vir também. E vamos buscar os demais que estão soltos, como PV, Podemos, Novo, PSC.

É um erro considerar isso, nunca foi. É só olhar o comportamento do partido em plenário. Várias vezes os partidos mais alinhados ao Lira orientaram obstrução e nós orientamos de acordo com o que achávamos.

Não quero falar sobre esse assunto. Não compete a mim falar sobre isso.

Estou muito bem no Poder Legislativo, estou dando minha contribuição. Meu foco agora é me viabilizar para ser candidato à presidência da Câmara. Se não me viabilizar, não me vejo voltando para o governo, pelo menos nesses próximos dois anos, porque eu tenho de passar por essa experiência e completar esse ciclo, já que comecei minha vida pública no Executivo.

Sou evangélico, não posso negar isso. Mas não sou militante da pauta de costumes, até porque acho os radicalismos preocupantes. Se a pauta de costumes for colocada em discussão, vamos tratar com o colégio de líderes e a maioria dos partidos. Se quiserem apreciar, vamos colocar para votar e vence quem tiver mais votos.

Fonte: Banda B

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