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Henri Castelli contou 4 versões diferentes, diz advogado de supostos agressores

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O caso de agressão envolvendo o ator Henri Castelli ainda é uma incógnita. A versão contada pelo artista é totalmente diferente da apresentada pelos supostos agressores, Bernardo Malta e Guilherme Aciolly. Em entrevista a Jovem Pan, o advogado que responde pelos acusados, Bruno Doria, desmentiu a versão contada por Henri em sua primeira entrevista após o caso se tornar público, que foi exibida no “Fantástico” na noite do último domingo, 18. O advogado criminalista enfatizou que o ator já contou quatro versões diferentes do que teria acontecido na noite da agressão, que ocorreu no dia 29 de dezembro, mas só foi exposta pelo artista dias depois. Na atração dominical da Globo, Henri chorou, disse que estava precisando de acompanhamento psicológico e falou que apanhou por cerca de cinco segundos sem ter revidado ou começado a briga. Bruno tem outra versão: “O Guilherme contou ao delegado que quando deu o soco no Henri, ele não virou as costas e foi embora, ele foi para cima. Eles caíram no chão e foram separados. O Henri mesmo fala na entrevista do “Fantástico” que foram cinco segundos. Do soco ao chão dá uns cinco segundos, seria basicamente isso. Não foi nada arquitetado. Eles brigaram entre eles”.

No dia 29 de dezembro, Henri estava em Alagoas e participou de uma festa em uma boate próxima a Maceió que teve uma apresentação da Banda Eva. Depois do show, ele teria seguido para outra festa em Barra de São Miguel e lá ele encontrou Bernardo, que é dono da boate em que Henri estava. Segundo o ator, o empresário questionou por que ele tinha deixado o show da Banda Eva para ir para a outra festa e ele teria respondido que o show já havia terminado. O protagonista de “Flor do Caribe” afirmou que depois disso ele não lembra mais de nada. Além disso, ele negou que tenha dado o soco em Guilherme e disse que não ganhou ingressos de Bernardo para o show. O advogado dos acusados de agressão garantiu que Henri estava alterado e começou a briga. Ele também deu detalhes do estado emocional do seu cliente, enviou a Jovem Pan prints que indicam que os ingressos foram pedidos pela assessoria do artista e ainda falou sobre o fato do delegado do caso, Fabrício Nascimento, ter dito ao “Fantástico” que, mesmo que Henri tenha começado a briga, a agressão foi desproporcional. Bruno explicou que caso seu cliente seja realmente indiciado pelo crime de lesão corporal grave, ele vai tentar a absorção alegando legítima defesa.

Confira a entrevista completa com o advogado Bruno Doria:

Por que acredita que o ator Henri Castelli demorou para tornar essa história pública? Não tem uma explicação, temos algumas presunções. Aconteceu o fato e no dia seguinte ele foi a Santa Casa aqui de Maceió. O médico que atendeu ele, o doutor Edmundo Melo, disse que poderia operar ele. Seria uma cirurgia de aproximadamente 30 minutos e o pós-operatório seria de cinco a 10 dias. Era um procedimento simples, mas ele optou por não operar, apenas fazer um ajuste na mandíbula e continuou a vida. No dia seguinte, ele estava assistindo jogo do São Paulo, foi a um bar chamado Maria Gorda e lá ele ficou tomando cerveja, como se estivesse bem, se nada estivesse acontecido. Acredito que quando ele voltou a São Paulo, a fratura tinha se agravado um pouco e fez a cirurgia. E se valendo do rosto inchado do pós-operatório, ele gravou o vídeo que chocou nas redes sociais.

Qual sua opinião sobre a versão da história contada pelo ator? Primeiro ele falou nas redes sociais que tinha machucado a mandíbula na academia. Depois ele disse que estava sentado na festa mexendo no celular quando foi agredido. Na polícia, quando ele foi ouvido dois dias depois do fato, ele disse que não lembrava de nada. Já ontem, no “Fantástico”, ele chorou muito, mas já não fala mais que estava sentado e foi agredido por trás, ele mudou a história de novo. Ele disse que chegou a Barra de São Miguel e o dono da festa em que ele estava não gostou do fato dele ter saído da festa cedo. É algo sem pé nem cabeça, algo fantasioso e a quarta versão que ele conta do fato. Fica estranho.

E qual a versão dos seus clientes? Ela segue igual? Desde o começo a gente fala a mesma coisa. Ele estava em uma festa no interior. No dia anterior, o Bernardo cedeu sua lancha para ele, toda a estrutura para ele usufruir na nossa cidade. Já no dia da festa, ele estava alterado, de alguma forma muito excitado, transtornado, não posso afirmar o porquê ele estava com esse comportamento. Ele estava violento e agressivo [quando conversaram sobre a festa]. Ele [Bernardo] disse para o Henri que não podia fazer nada se ele não tinha gostado da festa, que a Banda Eva era uma banda legal. Ele saiu e foi com a galera que ele estava, depois ele voltou até a mesa do Bernardo, fez gestos obscenos. Bernardo, que é um cidadão comum, reagiu ao insulto. [A briga] foi tomando uma proporção e foi quando o Henri deu um soco que era para atingir Bernardo, mas foi no olho de Guilherme. Quando ele deu o soco, ele não abaixou os braços e saiu, ele reagiu, eles se abraçaram, aquele abraço de briga, as pessoas separaram e eles foram embora.

O Henri afirma que caiu no chão e continuou apanhando, algo que foi visto pelo delegado do caso como algo desproporcional, considerando a versão de que o ator começou a briga. Por que eles continuaram batendo? Quando o delegado diz que foi uma reação, a polícia já parte do princípio que o Henri deu início [a briga]. O delegado continua dizendo que o empresário reagiu, mas foi de forma desproporcional. A questão da desproporcionalidade é uma opinião do delegado. O Henry é um homem forte, que treina, luta, então um rapaz como o Guilherme, que tem 1,70 m e 70kg recebeu um soco no olho e reagiu, que desproporcionalidade é essa? Queria que reagisse com uma flor, com um sorriso? Foi uma situação de briga. O Guilherme não é uma pessoa violenta. O soco acabou sendo no queixo, que é uma região delicada, mas ninguém queria gerar essa lesão, foi um ato de defesa.

Mas chegou a acontecer do ator cair no chão e apanhar sem conseguir revidar? Isso não teve. O Guilherme contou ao delegado que quando deu o soco no Henri, ele não virou as costas e foi embora, ele foi para cima. Eles caíram no chão e foram separados. O Henri mesmo fala na entrevista do “Fantástico” que foram cinco segundos. Do soco ao chão dá uns cinco segundos, seria basicamente isso. Não foi nada arquitetado. Eles brigaram entre eles.

O Henri disse que não tinha recebido os convites de Bernardo para o show da Banda Eva. Vocês têm alguma prova de que os ingressos foram dados? Tenho prints de uma conversa que a assessora do Henri, Paola, manda uma mensagem para Sofia, que é a esposa de Bernardo e presta uma assessoria de marketing [para a boate do marido]. Esses prints provam por A mais B que teve esse pedido de ingressos. A assessora dele pediu. A defesa nunca ia criar que ele pediu os ingressos.

O delegado disse que Guilherme e Bernardo serão indiciados por lesão corporal grave. Como pretende agir daqui para frente? O delegado antecipou essa informação, mas ela ainda não está oficialmente no papel, não está nos autos. Caso isso aconteça, o nosso Código Penal diz que a lesão corporal se torna grave quando alguém se torna inabilitado para o trabalho por um período superior a 30 dias. O laudo que temos aqui do Henri Castelli indica que se ele fosse atendido naquele dia [da agressão], se tivesse passado por uma cirurgia, ele ficaria de cinco a 10 dias de repouso depois estaria bom. Mas a defesa não vai ficar satisfeita com agressão leve ou grave, o que a gente espera é que os supostos agressores sejam absolvidos caso sejam indiciados pela Justiça alagoana, porque Bernardo não agrediu ninguém e Guilherme agiu em legítima defesa. A nossa Lei permite que qualquer cidadão brasileiro pode se defender de uma agressão injusta. A câmera tiraria qualquer dúvida, mas não temos gravações.

Como está a vida do Bernardo e do Guilherme? Eles estão sendo abordados na rua? O Guilherme, desde que o Henri publicou aqueles stories no Instagram, ele passou a receber insultos nas redes sociais e decidiu desativar. Ele está na casa do pai dele em Barra de São Miguel, porque Maceió é uma cidade pequena e todo mundo se conhece e ele estava sendo apontado como o agressor. Ele está mal, está recluso, esperando toda essa repercussão diminuir para que ele possa voltar a ter a vida dele normal. Está afetando o trabalho dele e o sono, porque ele não consegue dormir por ficar imaginando que vai ser preso. Na verdade, ele simplesmente se defendeu.

Você acredita que se o Henri tivesse feito a cirurgia logo após a agressão ele não estaria com o risco de ter sequelas permanentes? Eu não acho, eu tenho certeza. Não sou médico, nem bucomaxilo, mas o doutor Edmundo Melo, ele tem phd, ele afirmou que se o Henri tivesse passado pelo procedimento, um procedimento simples, ele receberia alta no mesmo dia. Ele falou que pode ficar a vida toda com sequelas, que sustenta a família, mas isso não é verdade.

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