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Indústria brasileira busca ampliar negócios com árabes na ExpoDubai

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CNI lidera aos Emirados a maior comitiva empresarial do Brasil a visitar um país árabe. São mais de 320 integrantes de diversos setores e de 24 estados Dubai recebe exposição universal realizada pela primeira vez no mundo árabe

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Mais de 320 empresários e lideranças institucionais brasileiros estão em uma missão de negócios aos Emirados Árabes Unidos, onde ocorre a ExpoDubai 2020, a maior feira do planeta, voltada a temas como economia, tecnologia, urbanismo, sustentabilidade, ciências, cultura e gastronomia. Coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a comitiva brasileira é a maior a visitar um país árabe.

O evento, que não foi realizado ano passado por causa da pandemia do coronavírus, abre as portas neste momento de retomada da economia mundial. A exposição com o tema “Conectando mentes e criando o futuro” se realiza pela primeira vez no mundo árabe e terá a participação de 192 países, distribuídos em 200 pavilhões em uma área de 4,38km2.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destaca que o Brasil e a indústria brasileira chegam a Dubai mais fortalecidos, após participação na COP-26, sobretudo porque um dos pilares do evento é justamente a sustentabilidade. Assim como no Reino Unido, o setor busca promover uma economia de baixo carbono.

— O mundo árabe conjuga diversas oportunidades comerciais e de investimentos que, talvez pela distância sociocultural, ainda não são aproveitadas. Atuar nos Emirados Árabes é uma excelente opção para estabelecer um hub logístico, tanto nos mercados árabes quanto nos asiáticos — destaca o presidente da CNI.

DIVERSIFICAÇÃO

A gerente de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha, explica que os Emirados Árabes ainda têm uma pauta de comércio concentrada em petróleo e gás e quer buscar parceiros-fornecedores para diversificar as exportações.

A missão prospectiva Brasil-Emirados Árabes é realizada pela CNI em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e conta com apoio da Dubai Chamber e da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB).

A Apex-Brasil informou que, por ser a primeira exposição universal realizada no mundo árabe, o evento constitui uma oportunidade para o Brasil consolidar sua imagem como referência em desenvolvimento sustentável junto a públicos que ainda conhecem pouco o país.

— A Expo 2020 é uma grande oportunidade para o Brasil promover sua vibrante história, cultura e atrações turísticas, oportunidades de investimento, produtos e inovações, bem como seu diversificado parque industrial e seu potencial econômico — destaca o chefe do escritório da Dubai Chamber no Brasil, João Paulo Paixão.

O secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Tamer Mansour, afirma que a Expo 2020 representa, para os árabes, a expectativa de constituir um novo marco nas relações internacionais e pavimentar um caminho para trocas comerciais, tecnológicas e culturais ainda mais intensas com o resto do mundo.

No que tange ao desenvolvimento sustentável e mudança do clima, é uma oportunidade para ressaltar que o Brasil é parte da solução, não do problema. Essa é uma visão do conjunto da sociedade brasileira que, com o apoio de todos os nossos parceiros, está sendo adequadamente projetada em Dubai — afirma Tamer Mansour.

Comitiva da CNI em Dubai

327 empresários e lideranças institucionais

230 empresas e instituições

24 estados

42% são donos das empresas - 34%, CEOs ou presidentes

Relações comerciais entre Brasil e Emirados Árabes:

O Brasil é o maior destino de produtos dos EAU na América Latina

Exportações em torno de US$ 595 milhões em 2019

Dois terços das exportações são petróleo, seguido por fertilizantes (6%) e gasosas (6%)

Importações dos Emirados Árabes Unidos vindas do Brasil atingiram US$ 2,3 bilhões em 2019

35% das importações são de carne de aves e bovina; 11%, ouro e outras joias; e 8,5%, açúcar bruto

CNI apresenta Instituto Amazônia+21 em evento

Amazônia+21 busca iniciativas que respeitem o bioma da floresta

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Uma plateia de investidores árabes será apresentada ao Instituto Amazônia+21, entidade de viés sustentável idealizada pela CNI em articulação com as federações estaduais da indústria, durante a ExpoDubai, no dia 15 de novembro.

A explanação acontecerá na parte da tarde do Invest in Brazil Forum e tem o objetivo de mostrar o comprometimento da indústria brasileira com a sustentabilidade, além de possibilitar a realização de negócios no setor.

O Instituto tem estruturado a aplicação dos princípios da agenda ASG: Ambiental, Social e Governança (ESG na sigla em inglês) no bioma amazônico. Entre os projetos resultantes dessa iniciativa estão a produção de biogás, monetização de ativos florestais e recuperação de áreas degradadas.

— A Amazônia guarda 15% da biodiversidade do planeta, e a possibilidade de fazer negócios sustentáveis identificados com o bioma amazônico é algo digno de ser mostrado. E é isso o que vamos mostrar, apresentando o Instituto Amazônia+21 como uma iniciativa empresarial local para promover negócios sustentáveis na Amazônia, apoiada em uma vasta rede de parceiros que incluem comunidades e populações tradicionais. Nosso diferencial é ser da Amazônia e conhecer a realidade das suas microrregiões — afirmou o presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé.

Segundo o presidente do Instituto, na COP-26, o Brasil assumiu metas ousadas para a redução de emissões de carbono, de metano e diminuição das queimadas. Thomé afirma ainda que a proposta do Instituto Amazônia+21 é promover negócios e apoiar empresas com ações comprometidas com a sustentabilidade.

— Nossa principal estratégia de negócios é conectar grandes empresas e fundos de investimentos com empresas locais, empreendimentos e oportunidades na Amazônia — explica.

A indústria brasileira baseou sua estratégia de transição para uma economia de baixo carbono em quatro pilares: transição energética, economia circular, precificação de carbono e conservação de florestas.

Fonte: Valor Invest

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