Daniel Ortega, do partido Frente Sandinista de Libertação Nacional, foi reeleito neste domingo, 8, como presidente da Nicarágua por 74,99% dos votos. O resultado oficial foi divulgado na manhã desta segunda-feira, 8, pelo Conselho Supremo Eleitoral (CSE). Com 49,25% das 13.459 Juntas Receptoras de Votos (JRV) apuradas, o atual chefe de governo tem uma ampla vantagem para os concorrentes que seguiram na disputa eleitoral, aponta a EFE. O pleito foi considerado antidemocrático por diversos órgãos e autoridades internacionais. Isso porque Ortega, que já está no poder há 14 anos, mandou prender 7 pré-candidatos sob a acusação de “traição à pátria” e fechou partidos de oposição.
Outros cinco candidatos concorreram: o deputado Walter Espinoza, do Partido Liberal Constitucionalista, que tem 14,4% dos votos; o parlamentar e reverendo Guillermo Osorno, do Caminho Cristão Nicaraguense (CCN), com 3,44%; Marcelo Montiel, da Aliança Liberal Nicaraguense (ALN), com 3,27%; Gerson Gutiérrez Gasparín, da Aliança pela República (APRE), com 2,20%; e o deputado Mauricio Orué, do Partido Liberal Independente (PLI), com 1,70%. Walter Espinoza, o único dos cinco com mais de 4% dos votos, é apontado por especialistas como um “colaborador do governo”. As eleições na nicarágua foram definidas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como “nem livre nem justa, e certamente não democrática”. O que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, orquestraram hoje foi uma eleição pantomima que não foi nem livre nem justa, e certamente não democrática”, escreveu Biden em um comunicado emitido pela Casa Branca.
Fonte: Jovem Pan